Quem não tem um amigo (ou um “amigo”, que por sua vez somos nós) que paga mensalidade de ginásio, mas não o frequenta há meses? Não só o dinheiro está a ir para um buraco negro, como não está a melhorar a sua saúde, nem o seu físico. Mas isto está prestes a mudar.
Um estudo desenvolvido por Matthew Stork da University of British Columbia, publicado na Psychology of Sport and Exercise, mostra que o tipo de música que escolhe pode tornar os treinos de alta intensidade (HIIT, High Intensity Interval Training) menos difíceis e mais prazerosos.
Este tipo de treino é caracterizado por sessões rápidas e repetidas de exercícios intensos com intervalos curtos de descanso e é bastante famoso no mundo do fitness por ser eficaz na perda de gordura e na tonificação muscular.
Os seus resultados são altamente satisfatórios, mas pode ser complicado começar a fazê-lo se não está habituada. “Embora o HIIT seja eficiente e possa gerar benefícios significativos para a saúde nos adultos que são pouco ativos, a grande desvantagem é que as pessoas podem achar desagradável”, explica o investigador ao site de saúde Healthline. “Como resultado, tem potencial para desencorajar a participação contínuada”.
Porém, há uma forma de contornar o problema. A investigação provou que a música tem um impacto significativo na forma como executa o treino. E o estudo ainda nos mostra quais os temas que podem ajudá-la nesta tarefa.
Diz-me que música ouves, dir-te-ei como será o teu treino
Não só a música é perfeita para este tipo de treino, como ainda motiva quem quer começar a fazer exercício.
No grupo de 24 participantes que praticaram HIIT durante o estudo, foram escolhidas 16 músicas de ritmo acelerado e 3 consideradas “motivadoras”. Foram elas:
Let’s Go – Calvin Harris feat. Ne-Yo
Bleed It Out – Linkin Park
Can’t Hold Us – Macklemore & Ryan Lewis Feat. Ray Dalton
Todos os participantes tiveram tempos acima da média e com batimentos cardíacos que rondaram os 135 por minuto. Além das músicas escolhidas, os indivíduos ouviram ainda um podcast não musical e ainda houve algum tempo sem qualquer música.
Os melhores resultados e a maior satisfação dos participantes registou-se quando a música estava a tocar, uma vez que a frequência cardíaca e o desempenho aumentaram ao ritmo da música. “Acreditávamos que a música motivacional ajudaria as pessoas a aproveitar mais o exercício, mas ficámos surpreendidos com a frequência cardíaca elevada”, explica Matthew Stork.
Agora, sim, não há desculpas.
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