Bem-estar

Sabia que gostar de cães é genético?

Uma equipa de investigadores suecos e britânicos descobriram que os genes ditam se gostamos ou não de cães.

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Sabia que gostar de cães é genético? Sabia que gostar de cães é genético?
© Getty Images
Rita Caetano
Escrito por
Out. 26, 2019

É tudo uma questão de genes. Já deve ter ouvido esta expressão para os mais diversos temas, mas aqui falamos de gostar ou não de cães. Cientistas britânicos e suecos analisaram o genoma de 35 mil pares de gémeos nascidos na Suécia para chegarem a esta conclusão.

De acordo com a investigação, publicada no jornal científico Nature, quando um dos gémeos idênticos tem um cão, o irmão tem também um amigo de quatro patas, mesmo já não vivendo na mesma casa; já nos chamados gémeos falsos isso acontece em apenas metade dos casos.

Convém lembrar que os primeiros dividem a totalidade do genoma, enquanto os segundos somente 50%. Outro aspeto relevante da investigação mostrou que as mulheres têm maior tendência para ter canídeos como animal de estimação.

Este estudo ainda não identificou os genes responsáveis pelo fenómeno, mas esse é o passo seguinte, tal como determinar como é que esta variante se relaciona com outros fatores como a personalidade e alergias.

Mais respostas

Carri Westgarth, especialista em Interação Homem-Animal da Universidade de Liverpool e coautora do estudo, diz que este pode ajudar a perceber os benefícios que os cães têm para a saúde dos donos. Além disso, os especialistas acreditam que pode ajudar a entender a História da Humanidade e da domesticação dos animais e explicar porque certas pessoas não têm capacidade para interagir com cães ou têm medo.

Numa outra investigação, Carri Westhargarth concluiu também que os donos de cães andam mais do quem não tem um. Enquanto quem tem um amigo de quatro patas anda cerca de 300 minutos por semana, quem não tem caminha apenas 100 minutos no mesmo período de tempo. Nesta investigação participaram quase 700 pessoas de várias idades, residentes no Reino Unido.

A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº 232, outubro 2019. 

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