Crónica. Feng Shui e a Astrologia do Ki
Para além do Feng Shui, há várias áreas praticamente indissociáveis para um caminho mais completo. Saiba o que esperar de 2021, de acordo com a Astrologia do Ki das 9 Estrelas.
Quando descobri que havia uma disciplina oriental de nome Feng Shui, apercebi-me que me deixava fascinar cada vez mais pela mesma. Nunca imaginei que esta viria a fazer parte da minha profissão e que com ela vinham alguns brindes, como a alimentação macrobiótica, alimentação natural e consciente, visão global e natural sobre a saúde, não só das casas e dos edifícios como também das pessoas.
Nesta mão cheia de brindes de conhecimento e de ferramentas indispensáveis para um caminho mais completo, mais equilibrado e em harmonia comigo, com os outros e com tudo o que me rodeia, recebi também a Astrologia do Ki das 9 Estrelas.
O que é a Astrologia do Ki?
Esta é uma disciplina do mundo da astrologia que nos ajuda a entender os vários condicionamentos que nos acompanham por toda a vida de uma forma mais ou menos acentuada ao longo dos diferentes períodos, dos vários ciclos que podemos viver dentro de outros ciclos, manifestando-se e aparecendo como travões ou aceleradores no nosso caminho.
Este condicionamento surge como o primeiro registo ou a primeira experiência por nós vivenciada e que coincide com o momento em que respiramos pela primeira vez pelos nossos pulmões. É um condicionamento energético que fica registado na nossa energia, nas nossas células, no nosso corpo, influenciando as nossas emoções, sentimentos e comportamentos.
Claro que somos livres para fazer e decidir o que queremos do nosso caminho, mas de uma forma ou outra, este registo energético, este condicionamento acaba por marcar sempre a sua posição.
Este estudo ou método astrológico fundamenta-se nos mesmos pilares que o Feng Shui e é até apelidado de Feng Shui do tempo. Na verdade todas estas disciplinas são ramos de uma mesma raiz.
Com ele podemos conhecer as nossas forças e as nossas fraquezas, podemos conhecer os melhores períodos para atuar ou estar mais sossegados. Quais as melhores ou maiores empatias ou desgastes, quer em termos de espaços, pessoas, eventos, profissões, emoções ou outras. Temos aqui um mundo para explorar.
É um método com conhecimento e sabedoria milenar, tão simples e tão completo em termos de respostas e orientação. Se sentir chamamento para tal, recomendo que faça uma consulta ou até mesmo um curso sobre o tema.
2021, segundo a Astrologia de Ki
Partilho aqui a minha visão sobre este novo ano de 2021. Depois da impaciência e zanga com 2020, que nos obrigou a quebrar padrões e maneiras de estar antigas, e que nos fez ver o quão distraídos e desalinhados o mundo anda, agora vamos ter uma verdadeira necessidade de descobrir o nosso sentido de direção.
Para não nos deixarmos desviar, precisamos de mais confiança, fé, organização e planeamento, para que o nosso mundo não se resuma a autoritarismos, restrições, regras e inflexibilidade.
Ou seja, a humanidade, da qual fazemos parte, pode entrar rapidamente em processo de tristeza e depressão coletiva originada pela perda da vida que conhecíamos.
É um ano para assumir o comando e não querer voltar para trás. Só nós podemos ser responsáveis pelo que fazemos da nossa vida.
Posso também adiantar que começamos em fevereiro com a descoberta de informação que está ainda por revelar. É um mês para tornar consciente e visível tudo o que até então tem vindo a ser escondido e vedado.
Em março seremos confrontados com a necessidade de quebrar, partir, romper com estruturas antigas que neste momento nos impedem de evoluir. É uma fase de tomada de consciência de tudo o que não quer repetir no futuro.
Em abril e maio será uma fase intensa e instável onde vamos querer impor a nossa liberdade aos outros, onde sentimos necessidade de impor a nossa verdade e a nossa forma de estar. Praticamente aquela cegueira de que somos super abertos e flexíveis à diferença desde que concordem connosco.
Em junho a máscara vai cair. Vamos precisar de lavar, curar e regenerar toda esta imagem ou ilusão que temos vivido até então. Podemos ser surpreendidos por desilusões ou mentiras que considerávamos verdades. É uma fase muito positiva mas de difícil e frágil vivência.
Julho e agosto podem ser fases onde as forças fraquejam, onde sentimos necessidade de colocar nova energia, novas formas de viver e de estar principalmente em todos os assuntos que eram o nosso apoio, as nossas estruturas. A nossa fortaleza ou segurança vai entrar em obras, precisa de uma nova vibração. Novos métodos e inovadores podem nascer.
Em setembro começamos a sentir mais motivação, mais foco no que é essencial e no que nos leva a bom porto para colher frutos. Sentimos vontade de terminar o que estava a meio, ou deixar o que já não faz sentido para nos focarmos apenas no que é importante.
Em outubro e novembro volta a ser uma fase tensa, mas com resultados surpreendentes quer no sentido de falhas e frustrações, quer no sentido de resultados de grande qualidade. Dificilmente haverá aqui um meio termo, mas será uma fase de materialização.
Em dezembro sentiremos um apelo a criar alianças, parcerias, a uma vida de mais empatia e menos individualização. Podemos também precisar de apoio.
Seguiremos depois para janeiro de 2022, onde poderemos terminar de uma forma já mais eficaz o que tínhamos começado em fevereiro. A revelação do oculto, a ligação à verdade e à transparência. O trazer para a luz tudo o que estava na sombra.
Alexandre Saldanha da Gama é consultor de Feng Shui e autor do livro ‘Feng Shui @ Lares e Costumes Portugueses’. Estudioso de pessoas e da sua energia, criou a marca Feng Shui Integrativo através da qual orienta seminários, cursos, palestras e faz consultas de astrologia do ki das 9 estrelas. Desenvolve e acompanha in loco projetos de decoração, dá consultas de Feng Shui e faz limpezas energéticas de espaços.