Na madrugada do dia 26 de Dezembro, ainda na esteira do Natal, tem lugar o último eclipse solar deste ano. Os eclipses solares acontecem sempre que, durante uma lua nova, a Lua se alinha perfeitamente entre a Terra e o Sol, ocultando-nos o seu brilho. Esta lua nova, no signo de Capricórnio, é por isso especialmente poderosa e os seus efeitos perduram durante os seis meses seguintes.
Capricórnio é um signo de Terra, seco como as rochas da montanha e frio como o Inverno que se inicia no hemisfério norte. Esta é uma energia de controlo, de contenção e de limites.
Por outro lado oferece-nos a disciplina e a ambição necessárias para concretizar grandes e duradouras obras. E este eclipse em particular vem temperado com a dose certa de entusiasmo para avançarmos com a realização dos nossos projectos.
Lua e Sol estão muito próximos do gigante Júpiter. Em Capricórnio, o planeta da sorte fica limitado nas suas expectativas, mas as suas promessas ganham chão e tornam-se mais realistas e enraizadas. Se, por um lado, as possibilidades estreitam, por outro elas tornam-se mais concretas e tangíveis.
Aproveite esta oportunidade para lançar o primeiro tijolo de uma construção que quer ver perdurar no tempo, para dar o primeiro passo de uma caminhada que se adivinha longa e exigente ou para investir no crescimento de uma obra que já tem em andamento. O que for semeado agora será abençoado com a protecção de Júpiter.
Outro aspecto muito positivo que favorece este eclipse é o simpático trígono a Urano em Touro. O planeta do inesperado acrescenta um tom electrizante a esta lunação e proporciona oportunidades surpreendentes e cheias de potencial para implementarmos algo novo e diferente, que nos ofereça mais autonomia e devolva mais autenticidade às nossas vidas.
Soluções inovadoras e ousadas que ainda não tinha imaginado podem surgir de repente, dando um forte impulso aos seus planos e às suas intenções.
O experiente Saturno é o anfitrião dos luminares e encontra-se também em Capricórnio, prestando todo o seu apoio a esta lunação. Mas a sua proximidade com Plutão, o planeta da destruição, lembra-nos de que nada dura para sempre.
A conjunção exacta dos dois planetas acontece durante esta lunação, mais precisamente no dia 12 de Janeiro. Mas este momento é apenas a culminação de um processo de desconstrução que começou há já cerca de dois anos, no final de 2017.
Durante os próximos meses conseguiremos distinguir mais claramente aquilo que entretanto ruiu, o que ficou de pé e qual o caminho a seguir a partir daqui. Afinal, antes de construir algo novo, precisamos deitar abaixo os antigos alicerces que já estão velhos e desgastados e já não nos sustentam.
Este eclipse faz-nos um resumo claro do panorama de fundo dos tempos que atravessamos, uma grande mudança das nossas estruturas.
Na próxima lua cheia, que é também um eclipse, desta vez lunar, ser-nos-á mais evidente o que está a ficar para trás, o que precisamos de largar ou até já ficou pelo caminho, ao mesmo tempo que a nossa nova realidade vai ganhando corpo e ficando cada vez mais concreta e mais definida.
Os seus planos são fundamentados na realidade ou estão presos nas nuvens da fantasia? Que mudanças concretas vai implementar para avançar com o seu propósito? Que seguranças está disposta a largar e que riscos está disposta a assumir para incrementar a sua vida?
Dizem que a sorte protege os audazes e esta lunação vai um pouco mais longe, favorecendo e impulsionando os audazes realistas, aqueles que sustentam a sua ousadia num chão firme e verdadeiro.
Bárbara Bonvalot começou a estudar Astrologia em 2005 e inicia o seu percurso como astróloga profissional em 2009. Actualmente é consultora e formadora de Astrologia, membro da AFAN (Association for Astrological Networking) e da ASPAS (Associação Portuguesa de Astrologia). Entende a Astrologia como uma linguagem que nos leva a um conhecimento profundo de nós mesmos, dos outros e da própria vida.