A mitologia e a astrologia andam de mãos dadas. Entre mitos e lendas, esta é a história que deu origem à constelação do signo Escorpião.
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Oríon e o escorpião
Para explicar a origem da constelação de Escorpião são conhecidas duas versões do mesmo mito. As personagens em comum a estas duas versões são Oríon e um lacrau, ou escorpião.
Oríon é uma personagem mitológica que aparece em muitas fontes, embora nenhum autor antigo conte a história em detalhe.
Mas, em linhas gerais, Oríon era um grande guerreiro ou um gigante. Era tão grande que podia caminhar pelo fundo do mar e ainda assim a cabeça erguia-se acima das ondas.
Num dos mitos conta-se que a deusa virgem Artemisa, deusa dos bosques, da caça e protetora dos animais e da Natureza, estava a caçar quando o gigante Oríon a tentou violar.
Artemisa, para se defender, pediu ajuda a um lacrau. Este picou Oríon e provocou a sua morte, e a deusa, em agradecimento, elevou o alacrau a constelação.
A constelação Oríon brilha mais no inverno, mas, assim que o verão se aproxima, perde grande parte do seu brilho
Noutra das versões mais extensas, Oríon era filho do deus Poseidon, deus dos mares, e Euríale, princesa de Minos. Poseidon deu ao seu filho a capacidade de andar sobre água. Nesta versão há duas versões menores: por uma lado diz-se que Oríon ficou cego e, enquanto vagueava sem rumo, um escorpião picou-o e matou-o.
Na outra história, conta-se que Oríon, que era um grande caçador, estava a caçar com a deusa Artemisa e a sua mãe Leto. Oríon, para se gabar um pouco às deusas, disse que se quisesse poderia matar todos os animais da terra, pois era um caçador magnífico.
A deusa Geia, protetora da terra, ao ouvir Oríon ficou chateada com ele e, como se sentiu ameaçada e assustada, ordenou a um monstruoso escorpião gigante que acabasse com ele. O escorpião matou Oríon e a deusa Geia elevou o escorpião a constelação.
As deusas Leto e Artemisa, impressionadas, elevaram Oríon a constelação, mas do lado oposto ao Escorpião.
A constelação Oríon brilha mais no inverno, mas, assim que o verão se aproxima, perde grande parte do seu brilho. No caso da constelação oposta, Escorpião, sucede precisamente o contrário: no verão ganha brilho e perde-o no inverno; estão sempre em oposição, tal como relata o mito.