A mitologia e a astrologia andam de mãos dadas. Entre mitos e lendas, esta é a história que deu origem à constelação do signo Gémeos.
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Castor e Pólux
Existem várias versões deste mito e algumas são contraditórias entre si. Veremos a mais difundida.
Leda era esposa de Tíndaro, rei de Esparta. Leda era muito bonita, e Zeus, lá está, apaixonou-se perdidamente por ela.
Como sabia que Leda amava o seu esposo e que, por muito deus que ele fosse no Olimpo, ela não queria nada com ele, Zeus teve uma ideia, como sempre de moralidade muito duvidosa: converteu-se num cisne e enganou Leda para que ela se deitasse com ele.
Ela engravidou de Zeus, mas pouco depois deita-se também com o rei, ou seja, o seu marido, e TAMBÉM fica grávida.
Assim, Leda engravida de dois ovos:
- Um ovo de Zeus convertido num cisne;
- Um ovo do seu marido.
Nove meses depois, Leda dá à luz a dois pares de gémeos:
- Um menino e uma menina mortais (Castor e Clitemnestra);
- Um ovo.
O ovo eclode (não se sabe se Leda o chocou ou não depois de o pôr) e nasce o outro par de gémeos: Pólux e Helena.
Consequentemente, temos dois filhos mortais, filhos do rei, e dois semidivinos, filhos de Zeus. Dois meninos e duas meninas.
As meninas passam para segundo plano nesta história, por isso centrar-nos-emos em Castor e Pólux.
Aqui a história torna-se um pouco ambígua. Apesar de Castor e Pólux serem filhos de pais diferentes, são inseparáveis, gostam muito um do outro, são muito parecidos fisicamente (ambos são muito alvos, como um cisne que é o seu pais, pelo menos de um deles) e, à medida que vão crescendo, tornam-se guerreiro hábeis.
Um dia, Castor sofre um acidente e morre. Pólux, muito transtornado, roga ao seu pai Zeus que conceda a imortalidade ao irmão, e Zeus, comovido (apesar de ser um tarado, tinha sentimentos), decide dar a imortalidade aos dois (havia uma promoção de dois por um nesse dia no Olimpo).
Zeus decide criar uma constelação em honra deste irmãos tão unidos, e esta é a origem da constelação de Gémeos.