A mitologia e a astrologia andam de mãos dadas. Entre mitos e lendas, esta é a história que deu origem à constelação do signo Sagitário.
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Centauro e o Sagitário
Para explicar a origem da constelação do Sagitário, é necessário referir os centauros. Os centauros são criaturas mitológicas, metade cavalo e metade homem.
Neste caso, a constelação é ilustrada como um centauro com um arco, preparado para disparar, em representação do impulso e ímpeto próprios do Sagitário.
Não obstante, não existe um consenso a 100% se, efetivamente, a constelação de Sagitário representa um centauro.
Em nenhum mito da Antiguidade se menciona um centauro que dispara flechas. Por isso, pensa-se que, apesar de ter passado a ser um sagitário no imaginário coletivo, o que a constelação representa na verdade é o sátiro Crotus.
Um sátiro é outro animal mitológico, embora em certa medida seja parecido com um centauro. Os sátiros são criaturas metade homem, metade bode que vivem entre musas, alegres e tagarelas, uma imagem que encaixa muito melhor no arquétipo do Sagitário, já que os centauros costumam ser criaturas muito mais misteriosas, imponentes e pouco comunicativas.
Quíron era um centauro culto, tranquilo e mestre de múltiplas artes, como a música e a caça
Crotus era um dos sátiros que vivia entre as musas e a ele se atribuem duas invenções na mitologia grega: o aplauso e o tiro ao arco (embora noutros mitos sejam atribuídas a outros deuses e criaturas).
Por tudo isto, podemos pensar, efetivamente, que a origem da constelação tem muito mais que ver com um sátiro do que com um centauro.
Não obstante, por outro lado, há quem seja da opinião de que a constelação representa o centauro Quíron (não confundir com o satélite Quíron, astro de segundo grau de relevância astrológica).
Este era filho de Cronos (deus do tempo e pai de Zeus, Poseidon e Hades, Héstia, Deméter e Hera) e de Filira, uma ninfa das águas. Os centauros eram conhecidos por estarem sempre de mau humor, por não quererem saber dos humanos para nada e por serrem terrivelmente brutos e insensíveis.
No entanto, Quíron era um centauro culto, tranquilo e mestre de múltiplas artes, como a música e a caça, e instruiu alguns dos heróis gregos mais conhecidos.