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Crise dos 30 ou retorno de Saturno? Se está no final dos 20 anos vai querer ler isto

Crise dos 30 ou retorno de Saturno? Se está no final dos 20 anos vai querer ler isto

Para a astrologia, os 30 anos representam uma fase de amadurecimento e aprendizagem. Normalmente, está associada a um período difícil, onde os nossos limites são postos em causa. Saiba mais sobre este aspeto astrológico.

Por Jan. 27. 2020

Os 30 anos normalmente marcam o início de uma nova fase. Para trás ficam não só os descontos para jovens, como também um conjunto de aventuras irrefletidas que, após esta idade, começam a deixar de fazer sentido.

A linha entre o jovem e o jovem adulto começa a dissipar-se para dar lugar à vida adulta. Aquela que falamos tantas vezes como se fosse algo que demorasse a chegar.

A verdade é que chega rápido e apercebemo-nos disso quando damos de cara com a responsabilidade. Primeiro, o nosso corpo começa a avisar-nos que a nossa resistência para longas noites de copos já não é a mesma. E, depois, começam a surgir as dúvidas existenciais. “Será que estou no caminho certo?” “Foi realmente este estilo de vida que escolhi para mim?” “O que construí até agora?”.

Este poderá ser o cenário atual para alguns dos milennials – ao qual muitos chamam a crise dos 30 anos. Eu, tal como a Gwen Stefani (vocalista da banda No Doubt) que em 2000 decidiu mudar o nome do álbum Magic’s in Makeup para Return of Saturn, gosto de dizer esta é a altura do retorno de Saturno.

A cantora, que na altura tinha 29 anos, decidiu alterar o nome do álbum após o seu namorado lhe ter dito que ela estava a passar pelo seu primeiro retorno de Saturno. Nesta altura, Gwen Stefani disse em entrevista à revista Rolling Stones que nunca tinha tido uma depressão anteriormente, pondo em causa várias situações que nunca tinha pensado até então.

Afinal, que fase é esta do retorno de Saturno? Será igual para todos? Fomos falar com uma astróloga para tentar perceber esta e outras questões.

O que é o retorno de Saturno?

Através do nosso mapa astral (aprenda a ler o seu) conseguimos perceber em que posições (mais propriamente em que signos) estavam os planetas na altura do nosso nascimento. Este estudo “baseia-se na interpretação do tema astral em relação à terra e tem em conta a influência dos planetas do sistema solar, das constelações, dos movimentos dos corpos celestes e dos seus ciclos”, afirma Brigite Barcelos.

O retorno de um planeta acontece quando este completou o seu ciclo e retornou ao ponto em que estava no mapa astral, ou seja, no momento do nosso nascimento. Deste modo, “pode dizer-se que os retornos são sempre pessoais, dado que estão de acordo com cada mapa natal. Isto é, quando um planeta retorna à posição inicial no nosso mapa astral, o ciclo renova-se” diz-nos a astróloga.

Este é um aspeto que ocorre sensivelmente de 29 em 29 anos, que é o tempo que Saturno demora a dar uma volta completa Zodíaco, passando pelos diferentes signos.

“O primeiro retorno de Saturno acontece sensivelmente aos 29 anos de idade, marcado por mudanças cujos efeitos podem ser reconhecidos com uma duração de 2 anos sensivelmente. As idades prováveis para os retornos de Saturno acontecem aos 29 anos, 58 anos, 87 anos e no caso de haver uma saúde de ferro aos 116 anos”, explica Brigite Barcelos.

Para saber qual é a data exata em que acontecerá o seu retorno de Saturno deverá consultar um astrólogo ou então também poderá ver no site astrocal, embora possa não ser tão fiável.

O que sentimos nesta fase?

Incerteza e sentimentos de insatisfação podem estar associados a este período. Saturno é regente do signo Capricórnio e co-regente de Aquário e relaciona-se com a importância da aprendizagem de regras e disciplina no percurso de vida.

Quando Saturno volta à sua posição inicial, ocorre uma fase de introspeção e avaliação de tudo o que foi vivido até então. Por isso, o seu papel é fazer com que questionemos as realizações e os fracassos vividos, para que possamos ter um processo de autodesenvolvimento enquanto ser individual e social.

“Por outro lado, há também uma clareza e perceção sobre a nossa condição no mundo. Na verdade, é como se tudo o que se viveu até então, tivesse que ser consolidado ou alterado, com a necessidade de ocupar um lugar definido na hierarquia de valores da sociedade, representando a consolidação do eu verdadeiro”, diz-nos Brigite Barcelos.

Será um período difícil?

Este não tem de ser obrigatoriamente um período difícil. Contudo, é sempre desafiante porque simboliza o encerramento de um grande ciclo de vida que pode durar mais do que um ano. Por isso, esta será uma fase para abandonar as velhas estruturas e dar lugar a novas.

Para aqueles que até já possuem um bom senso de responsabilidade, estrutura e autoconhecimento tendem a colher mais frutos durante essa fase – Brigite Barcelos, astróloga

“Para cada pessoa será uma experiência diferente, dependendo da posição de Saturno no mapa do seu nascimento e as ligações que este faz. Mas o denominador comum será a responsabilidade com o que se quer construir, o esforço, a disciplina e a determinação para se alcançar os objetivos que se pretende”, explica-nos Brigite Barcelos.

Este processo irá depender da própria estrutura e caminho de vida que a pessoa tem construído até então. “Para aqueles que até já possuem um bom senso de responsabilidade, estrutura e autoconhecimento tendem a colher mais frutos durante essa fase”, acrescenta a astróloga.

Não vale a pena “chorar sobre leite derramado” …

Embora pareça, o Saturno não é um bicho de sete cabeças que existe para nos complicar a vida. Tal como outros aspetos astrológicos, o retorno deste planeta oferece uma possibilidade de desenvolvimento, que às vezes implica o reavaliar de uma decisão, ou até mesmo esperar o momento mais oportuno para agir e compreender o significado de determinada experiência de vida.

A maneira como lidamos com os períodos bons ou maus, vai depender do nosso anteconhecimento. Neste sentido, esta fase poderá ser positiva se for aproveitada para refletir, analisar ciclos e estruturar novas fases de vida.

Caso este processo seja doloroso para si, evite rotular-se de vítima. Afinal, “é possível transformá-lo numa oportunidade de recomeçar de uma forma mais verdadeira e mais de acordo com o nosso propósito, incluindo novos projetos, metas e objetivos para o próximo ciclo”, aconselha Brigite Barcelos.

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