Signo descendente: o espelho de mim
Já todas ouvimos falar do ascendente, mas será que sabe o que simboliza o signo descendente? São Luz, astróloga e cronista da Saber Viver, desvenda tudo sobre esta ligação entre eixo ascendente/ descendente.
O eixo ascendente/ descendente ajuda-nos a perceber que somos mais do que aquilo que pensamos. Na realidade, a forma como nos vemos e a imagem que passamos nem sempre é vista pelos outros da mesma maneira.
Se pensarmos que o ascendente representa a imagem que construímos e que queremos que os outros vejam – a nossa Persona – o descendente simboliza aquilo que os outros vêm de nós, mas que achamos que não somos ou não queremos mostrar.
O signo descendente encontra-se no ponto exactamente oposto àquele em que começa o nosso ascendente. É o signo mais abaixo do horizonte no momento do nosso nascimento e marca o início da casa 7, associada aos relacionamentos e às parcerias.
Quando lidamos com as questões do descendente e da casa 7, somos forçadas a perceber que não existimos apenas enquanto seres separados.
Para funcionarmos “lá fora” e termos alguma capacidade de intervenção nessa realidade, precisamos ser capazes de nos confrontar com os outros e com as características e aspirações que lhes são próprias. Iremos perceber que valor atribuímos ao outro e o que estamos ou não dispostas a aceitar para o manter na nossa vida.
E quem são esses outros? São todas as pessoas com as quais estabelecemos um relacionamento privilegiado de parceria: é a casa do casamento e dos seus personagens, das sociedades e de todas as relações com um cunho de seriedade, em que haja um interesse comum e as partes se vejam como iguais, incluindo aqui as amizades próximas e as ligações de cariz profissional ou financeiro.
Também é conhecida pela casa dos inimigos declarados – todos aqueles que nos encaram de frente e são capazes de nos confrontar olhos nos olhos.
Eventualmente, seremos convidadas a perceber que a máscara que criámos para nos mostrarmos ao mundo pode ser insuficiente para nos proteger das reacções exteriores – afinal, o outro vê coisas sobre nós que, se calhar, nos eram até desconhecidas. Somos confrontadas com as nossas vulnerabilidades.
Temos, também, a possibilidade de perceber aquilo que procuramos no outro. Que características, que qualidades nos atraem? Quem queremos que esteja connosco numa relação de longo prazo, seja ela amorosa ou profissional?
Ao fim e ao cabo, o signo descendente é um espelho de quem somos. Nele procuramos a nossa cara-metade. O modo como lidamos com as parcerias próximas, nos bons e nos maus momentos, como o confronto e a rejeição podem ser percebidos pela análise do mapa astrológico.
A energia com que enfrentamos os temas desta área de vida é-nos dada pelo signo que está no início do descendente e que é, à partida, desconhecido ou inconsciente. Será pelas interacções com os outros que iremos perceber as característica dessa energia.
Assim, alguém que tenha o signo de Balança na cúspide (início) do descendente, irá perceber que a sua abordagem aos temas dos relacionamentos será feito na busca pela diplomacia, pela cooperação, pela partilha e capacidade para ver a vida através dos olhos dos outros. Dará importância a que as suas parcerias sejam pessoas sociáveis e tenham capacidade de tolerância.
De outro modo, Touro no descendente irá procurar alguém calmo, confiável, estável, paciente, que lhe traga estabilidade e segurança.
Já com Carneiro no início da casa 7, a tendência será sentir-se atraído por pessoas assertivas, com espírito de liderança, competitivas e independentes.
Por outro lado, o posicionamento do planeta que rege esse signo irá mostrar-nos onde vamos encontrar os significados da casa 7. Os planetas que eventualmente aí estejam localizados e os interaspectos que existam com os restantes planetas e pontos do mapa astrológico irão acrescentar detalhes que nos ajudam a perceber como gerir mais eficazmente as energias desta área de vida.
Aquilo que nego e reprimo, mas que volta a mim nas discussões e nas coisas que me irritam no outro, o que espero que o outro me dê – um relacionamento equilibrado, segurança, independência. Tudo isso sou eu e é meu. O que eu sou e sei que sou e aquilo que eu não sei de mim, mas que o outro me devolve.
O eixo ascendente/ descendente busca fazer a integração de duas faces da mesma moeda.
São Luz é astróloga e coach. Desde 2002, dedica-se a diversas áreas do autoconhecimento e do desenvolvimento pessoal como ferramentas para um melhor entendimento de cada etapa da vida. Pode acompanhá-la no Facebook e Instagram.