Faça um esforço para se recordar da sua adolescência. Não vai ser difícil lembrar-se de como o mundo à volta pode ser fonte de pressão e stresse para um adolescente em crescimento. Se juntar acne à equação tem o cenário perfeito para a falta de confiança, a vergonha e a baixa autoestima.
Com o seu filho não é diferente, principalmente numa fase de adolescência em que ele valoriza muito a imagem. Esteja atenta aos sinais de alerta e tristeza que a acne pode trazer para lhe restituir a tranquilidade e o conforto de que precisa.
A acne e a saúde emocional
De acordo com a American Academy of Dermatology, a acne pode prejudicar a saúde emocional e estar na origem de problemas psicológicos como a depressão, a ansiedade, a baixa autoestima e o isolamento. Anjali Mahto, dermatologista da British Skin Foundation, apela a que não se subestime o impacto que esta patologia, que afeta 80% dos adolescentes entre os 13 e os 18 anos, tem na sua autoestima.
Os números reforçam a necessidade de atenção. Numa investigação da mesma instituição britânica, que decorreu entre 2014 e 2017 – e que envolveu 525 adolescentes -, 3 em cada 5 inquiridos admitiu que a autoestima era o aspeto mais prejudicado pela acne. O mesmo estudo mostrou que “os adolescentes com acne são susceptíveis de serem vítimas de bullying, por parte dos amigos ou da família”.
Melhore a autoestima do seu filho
1. Estude o assunto (e leve-o a sério)
Dizer ao seu filho que a acne é temporária significa desvalorizar uma questão que influencia tremendamente o seu bem-estar. Desta forma, dizer que “um dia vai passar” não consola e não ajuda. Mais importante é estudar a patologia e compreendê-la. Só assim poderão conversar para lhe fornecer informação relevante, baseada em factos e não em mitos.
2. Aprofunde a relação
Conversar sobre a acne pode ser difícil. Antes de abordar o tema da pele, faça por aprofundar a relação. Passe mais tempo com o seu filho em atividades que agradem aos dois. Demonstre o seu amor por ele e crie laços de confiança sólidos. Assim, ele sentir-se-á mais à vontade para falar consigo.
3. Tenha calma, disponibilidade e tempo
Nem todos os dias são bons. Sobretudo na adolescência. Em dias mais depressivos, ansiosos ou cansativos, não tente conversar sobre este assunto. Só vai piorar o estado emocional de ambos. Tenha paciência e calma. Demonstre disponibilidade e espere o tempo que for necessário para falar com o seu filho na altura certa.
4. Saiba ouvir
Quando conversar com o seu filho sobre a acne, e por mais preocupada que esteja, lembre-se de que este é um problema dele. Lembre-se também que um adolescente é mais impulsivo e tem mais dificuldades em controlar as suas emoções. Seja tolerante, paciente, mantenha a calma e oiça-o atentamente.
5. Transmita-lhe tranquilidade durante o tratamento
Se o seu filho tiver de cumprir uma rotina de tratamento, não esteja constantemente a alertá-lo para lavar a cara ou tomar os comprimidos. Um estudo publicado pelo American Academy of Dermatology demonstrou que os jovens sentem-se aborrecidos e incomodados quando são constantemente relembrados pelos pais, acabando por negligenciar o tratamento. Por outro lado, o mesmo estudo veio afirmar que manter consultas regulares com o dermatologista tem o efeito contrário.
6. Tente reduzir o stresse
A American Academy of Dermatology explica que o stresse pode agravar a acne. Desta forma, faça por ter uma relação pacifica e de paciência com o seu filho adolescente. Reduza o stresse o máximo que conseguir.
7. Esteja atenta aos sinais de depressão
É fundamental estar atenta aos comportamentos do seu filho. A acne poderá afetar a forma como o seu filho olha para ele próprio, o que pode originar sentimentos depressivos e de ansiedade. Quanto mais tempo a acne perdura, e quanto mais grave for, pior. Tome nota dos principais sintomas de alerta de depressão, recomendados pela mesma academia americana: estados de tristeza que durem duas semanas ou mais, perda de interesse em atividades que costumava apreciar e tendência para se excluir socialmente.
8. No caso de haver consulta dermatológica, deixe-o entrar sozinho no consultório
Deixe o seu filho entrar sozinho na consulta de dermatologia. Assim, haverá espaço para criar um elo de confiança com o profissional. E sentir-se-á mais à vontade para expor a situação. Quando os pais participam, é possível que, inconscientemente, manipulem e condicionem a consulta.
Previna o agravamento da acne. Aos primeiros sinais, aposte em produtos de limpeza. Já conhece a gama Cleanance, da marca Avène?
Achaste estes conselhos úteis? Vais aplicá-los no teu dia a dia?