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Aprenda a criar novos hábitos (e a mantê-los)

Aprenda a criar novos hábitos (e a mantê-los)

Conheça o conceito de objetivos SMART e saiba como implementar novos hábitos em todas as áreas da sua vida, daqueles que ficam para sempre.

Por Mar. 2. 2020

Existem os que estão relacionados com a saúde, os que dizem respeito à nossa vida profissional, os que se encaixam numa vertente mais pessoal da nossa rotina diária e os que estabelecemos de modo a melhorar relações pessoais.

Quer o objetivo seja (aparentemente) tão simples como beber, pelo menos, um litro de água por dia ou algo mais complexo, como começar o nosso próprio negócio ou fazer das idas ao ginásio um hábito regular, criar um novo hábito pode ser complicado.

A teoria está toda lá: sabemos o que queremos e o que temos de fazer para o atingir. A parte mais difícil é pôr mãos à obra e começar a concretizar todos os objetivos que temos em mente, de forma a fazer destes novos hábitos uma parte essencial das nossas vidas. É aqui que entram os objetivos SMART.

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O que são objetivos SMART?

Esta é uma técnica que ajuda a definir objetivos e a estabelecer hábitos de forma positiva. Surgiu pela voz de George T. Doran, um investigador que, em 1981, falou da existência de uma forma inteligente (smart) de atingir os objetivos a que cada um de nós se propõe.

Doran explicou que os nossos objetivos devem seguir uma fórmula básica, fórmula essa ainda hoje utilizada por milhares de pessoas pelo mundo.

SMART é um acrónimo composto pelas letras iniciais das palavras specific, measurable, achievable, relevant e time-bound (específico, mensurável, alcançável, relevante e temporal).

A definição

Specific (específico)

A ideia é que os objetivos que pretendemos atingir sejam claros e específicos, de modo a que seja mais fácil avaliar se realmente os estamos a cumprir ou não.

Por exemplo, se o objetivo é fazer mais exercício físico, em vez de dizermos “quero ir mais ao ginásio”, devemos dizer “quero ir ao ginásio de segunda a sexta, à hora de almoço, durante 45 minutos”.

Da mesma forma, se gostaríamos de implementar o hábito da leitura regular, em vez de dizermos “gostava de ter mais tempo para ler”, podemos dizer “vou tentar ler durante 30 minutos, todos os dias” ou “vou ler um capítulo, todas as noites, antes de dormir”.

Measurable (mensurável)

Agora que sabemos qual o hábito que queremos implementar e o que precisamos de fazer para que tal aconteça, temos de pensar em como vamos medir ou avaliar o nosso comportamento em relação ao mesmo.

Quer seja uma checklist que preenchemos todos os dias, em papel ou no telemóvel, quer utilizemos qualquer outra forma para nos mantermos na linha, a ideia é que consigamos perceber se realmente estamos a cumprir os nossos objetivos.

Podemos estabelecer objetivos diários, como dar dez mil passos ou meditar durante dez minutos; semanais, como ir quatro vezes ao ginásio ou fazer cinco refeições vegetarianas; e mensais, como, por exemplo, ler três livros ou sair com as amigas pelos menos uma vez.

Habit, Momentum, Tally e Done são algumas apps ideais para registar e medir os nossos hábitos diários, semanais e mensais.

Achievable (alcançável)

O nosso objetivo deve ser realista e possível de implementar. Vejamos, se não gostamos de acordar cedo, mas queremos passar a aproveitar as manhãs, não seria muito realista estabelecer o objetivo de começar a acordar às cinco da manhã todos os dias.

O mesmo acontece, por exemplo, com a atividade física: se detestamos correr, seria absurdo dizer “vou obrigar-me a correr, durante uma hora, quatro vezes por semana”.

Se os nossos objetivos não se adaptam à nossa personalidade, vida e rotina diária, então esses mesmos objetivos não são alcançáveis (ou poderiam sê-lo, mas seriamos muito infelizes).

Relevant (relevante)

Será que o objetivo a que nos propomos é, realmente, relevante? Será que faz sentido para nós e para as nossas vidas? Será que nos fará feliz?

Estabelecer objetivos é importante, claro. Mas, para que cumpramos esses mesmos objetivos, é vital que estejamos motivadas e com o mindset apropriado.

Pensemos juntas: querer perder peso é uma razão válida para ir ao ginásio, por exemplo, mas será que é o mais importante? Porque não pensar em ser mais ativa pela sua saúde (física e mental) e deixar de lado a ideia de que se não perder cinco quilos numa semana, falhou consigo mesma?

A mesma lógica pode ser adaptada a outras áreas da nossa vida, como a profissional. Podemos querer chegar a uma determinada posição dentro da empresa em que trabalhamos, mas será que esse é o cargo ideal para nós?

A ideia é, através desta análise, perceber se o objetivo que queremos atingir faz sentido e avaliar a situação em que nos encontramos.

Time-bound (temporal)

Por fim, mas não menos importante, devemos olhar para o tempo. De quanto tempo vamos precisar para atingir um certo objetivo ou estabelecer um determinado hábito? Quando é que vamos começar? Qual é o nosso objetivo a curto prazo? E a longo prazo?

Todos os objetivos devem ter uma meta no tempo, que nos ajude a observar uma evolução e a fazer ajustes consoante seja necessário. Esta meta deve ser, claro, realista e adequada à nossa rotina.

Este ponto, tal como os restantes, depende muito do objetivo que queremos cumprir. É preciso perceber que existem hábitos de implementação mais simples e rápida e outros que vão, naturalmente, demorar mais tempo.

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