Sabia que passamos cerca de 52 minutos do dia a coscuvilhar?
Segundo o mais recente estudo da Universidade da Califórnia, Riverside, uma pessoa passa em média 52 minutos do dia a bisbilhotar. Mas será que isso é necessariamente mau?
É verdade que é uma perda de tempo, inútil e insignificante, mas falar da vida alheia é, ainda assim, um entretenimento diário para grande parte das pessoas. E há um novo estudo que o confirma.
No Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, coscuvilhar traduz-se em “falar sobre a vida alheia, geralmente fazendo intrigas ou divulgando boatos”. Agora que já esclarecemos ao certo o que implica esta atividade, passemos aos números.
A amostra era composta por 467 pessoas, homens e mulheres, entre os 18 e os 58 anos, que passaram entre 2 a 5 dias com um microfone. As conversas foram gravadas e analisadas mais tarde pelo grupo de cientistas do estudo Who Gossips and How in Everyday Life? publicado no Social Psychological and Personality Science.
Os resultados concluíram que, em 24 horas, o ser humano passa quase uma hora a falar da vida dos outros. Contudo, e segundo a autora do estudo, a psicóloga Megan Robbins, isso não é necessariamente mau.
“Na verdade, nós concluímos que grande parte da coscuvilhice é neutra“, explica ao National Public Radio. “Cerca de três quartos das conversas que ouvimos não eram nem positivas nem negativas”.
Refere-se ainda que apenas 15% das conversas gravadas eram assumidamente críticas e mesquinhas, com um tom de julgamento sobre alguém não presente.
Outra conclusão interessante do estudo é que homens e mulheres passam exatamente o mesmo tempo por dia a bisbilhotar (impressionante!). E ainda que as pessoas extrovertidas tendem a coscuvilhar mais do que as introvertidas.
Por sua vez, a amostra mais jovem é responsável pelos mexericos tendencialmente mais negativos. Quanto ao tema, é comum a conversa ser relativa a alguém conhecido e não tanto sobre celebridades.
Tendo em conta esta nova informação, concluímos que o ato de coscuvilhar não é necessariamente mau. Embora falar da vida dos outros seja irrelevante (a estes temas tabus, sim, deveríamos dedicar mais tempo) é, para a maior parte das pessoas, apenas uma distração, sem qualquer conotação negativa.
Fontes: NPR; The Cut.
Numa outra análise sobre o comportamento humano, há um estudo que afirma que mulheres solteiras e sem filhos são mais felizes. Concorda?