Voar acima das nuvens, sem entrar num avião. Ir de um ponto ao outro do globo em apenas 2 segundos. Nadar numa piscina infinita, mais rápido que o Michael Phelps. Na vida real, pode ser impossível, mas conseguimos fazer tudo isto enquanto sonhamos.
Porque imaginamos estes cenários e histórias durante a noite e o que significam não é ainda claro. Apesar de existirem vários glossários espalhados pela internet que tentam explicar os sonhos, não existe consenso entre investigadores quanto a uma possível interpretação.
Uma mão cheia de sonhos
Independentemente da importância que lhes damos, a verdade é que todos as noites temos vários sonhos. Por norma, entre cinco e seis, mesmo que não nos lembremos deles.
É durante a chamada fase REM (que significa Rapid Eye Movement), a última do ciclo de sono – composto por quatro – e importante para processar as experiências e conhecimento adquiridos durante o dia, que sonhamos.
No entanto, em alguns casos, também os podemos experienciar durante outras fases. Aí, são, habitualmente, mais leves.
Qualquer que seja a fase, contudo, existem ações do dia a dia que não conseguimos fazer durante os sonhos. Ler, por mais simples que seja, é uma delas.
Porque não conseguimos ler no sonho?
Cientistas e somnologistas acreditam que as atividades relacionadas com linguagem, como ler, escrever ou comunicar, de uma forma genérica, são praticamente impossíveis de realizar enquanto dormimos.
Isto deve-se ao modo como duas áreas do cérebro, Broca e Wenicke, responsáveis pela interpretação e expressão da linguagem, funcionam durante a noite. Ou seja, com muito pouca vontade de trabalhar.
Assim, com estas zonas pouco ativas enquanto dormimos, torna-se difícil conseguir formar uma frase coerente e com nexo. Logo, ler não pode fazer parte dos seus sonhos, a menos que integre um grupo muito restrito da população que o consegue.
Os 1%
Sim, apenas 1% da população consegue ler no sonho. Pelo menos, é o que dizem os cientistas.
Esta pequena parte dos habitantes é, essencialmente, composta por escritores, uma vez que tendem a passar grande parte do seu dia a pensar em palavras e a construir frases.