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Afinal, os semelhantes atraem-se mais do que os opostos

Afinal, os semelhantes atraem-se mais do que os opostos

A sabedoria popular diz que os opostos tendem a atrair-se, mas a ciência contesta essa teoria e vem dizer que, quanto mais parecidos os membros do casal, maior é a atração.

Por Jan. 25. 2021

Sempre se ouviu dizer que os opostos se atraem, no entanto, investigadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos da América, vêm agora refutar essa ideia e asseguram que a química é mais forte quando os membros do casal têm semelhanças.

O estudo envolveu 517 casais norte-americanos, entre os 20 e os 69 anos, e partiu de uma investigação feita anteriormente na Universidade do Michigan, no mesmo país, que concluiu que a maior parte das pessoas que se juntava tendia a ser muito diferente, quer seja física quer psicologicamente, mas com o tempo ficavam com expressões semelhantes.

Os exemplos dados foram os do ator Denzel Washington e Pauletta Washington, da atriz Kristen Bell e Dax Shepard e da cantora Christina Aguilera e Matthew Rutler.

Aspetos em comum

O novo estudo da universidade californiana, publicado no Scientific Reports, mostra que a atração é acesa por vários fatores, entre os quais uma certa semelhança física. Os investigadores garantem que os casais analisados ao início têm parecenças físicas que se vão diluindo com o passar dos anos.

“O aspeto da face na fase de enamoramento conta como outros fatores, tais como personalidade, inteligência e valores, e a convergência é evidente no início da relação, mas pode perder-se ao longo daquela”, dizem os responsáveis pela investigação.

A semelhança física, de inteligência e de valores conta no início de uma relação

Contudo, isso não tem de ser negativo, o importante é que cada membro do casal evolua e mostre o seu verdadeiro eu, e isso até pode ser um fator de atração, que tantas vezes decai com a passagem do tempo.

Este estudo vem assim reforçar a ideia já lançada em 2017, por cientistas do Departamento de Psicologia da Universidade de Cambridge, em Inglaterra, que afirmavam que os casais tendem a ter características semelhantes, tais como idade, nível educacional, raça, religião, atitudes e inteligência.

Surpreendentemente, a personalidade não contava nesse rol, apesar de ser uma das construções psicológicas mais fundamentais. Na altura, o estudo realçou também que o mesmo acontecia nas relações de amizade.

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