Pode a amabilidade mudar uma família? Estudo diz que sim
A gentileza repercute-se na saúde cerebral, e tudo pode começar em casa, num trabalho conjunto entre pais e filhos, com vantagens para ambos. Veja como a amabilidade pode ter influência na sua vida.
Investigadores e médicos do Centro de Saúde Cerebral da Universidade do Texas, em Dallas, nos Estados Unidos da América, descobriram que ensinar e praticar a amabilidade em casa melhora a resiliência dos pais e a empatia das crianças.
O estudo, publicado no jornal científico Frontiers in Psychology, foi feito com a ajuda de um programa de formação online (Children’s Kindness Network) sobre a bondade que é constituído por cinco módulos curtos e para se realizar em família.
Para perceberem como é que a amabilidade influencia a saúde do cérebro, foi pedido aos pais que analisassem a sua resiliência e a empatia dos filhos antes e depois da formação.
“O nosso objetivo é incentivar os pais a envolverem-se em interações práticas e saudáveis para o cérebro com os filhos, beneficiando o entendimento entre ambos, especialmente durante períodos de stresse”, diz Maria Johnson, diretora do Youth & Family Innovations e uma das autoras da investigação.
A mesma investigadora realça que são várias as “pesquisas que mostram que a gentileza é um forte potenciador de um engajamento social pujante, que, por sua vez, é um componente essencial para a saúde geral do cérebro”.
Resiliência e empatia
Este trabalho científico concluiu que os progenitores se mostraram mais resilientes e, as crianças, mais empáticas, após a formação.
Tanto a resiliência como a empatia requerem capacidades cognitivas, como responder de forma apropriada ao stresse e ter em consideração diferentes perspetivas.
Portanto, ser amável contribui para melhorar a função cognitiva e a saúde cerebral geral.
“Em tempos de stresse, reservar um momento para praticar a bondade pode aumentar a sua resiliência e melhorar os comportamentos sociais do seu filho”, afirma Julie Fratantoni, neurocientista cognitiva e outra das cientistas envolvidas no estudo.
Para Maria Johnson, é importante não subestimar o poder da bondade porque esta pode mudar e moldar a saúde do cérebro e contribui para uma sociedade mais justa e capaz.
Emoções positivas
Promovem a amabilidade, empatia, a resiliência, a coragem e o otimismo. Além disso, há hábitos diários que contribuem para que as crianças e adolescentes as desenvolvam, tais como:
- Praticar atividades de que gostem:
- Ouvir música inspiradora;
- Refletir sobre as coisas pelas quais estão gratos e sobre o que corre bem;
- Atividades calmantes e tranquilizantes;
- Passar tempo de qualidade com as pessoas que amam.