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Quer ser mais carismática? Siga estas 3 dicas

Ser carismática não é uma característica inata, mas sim uma aptidão social que pode e deve ser trabalhada. Presença, poder e afeto são os ingredientes fundamentais para ter esse magnetismo. Descubra os tipos de personalidade com carisma e dicas para adotar esta característica.

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Quer ser mais carismática? Siga estas 3 dicas Quer ser mais carismática? Siga estas 3 dicas
© Rawpixel
Rita Caetano
Escrito por
Ago. 31, 2022

Ninguém nasce com carisma e é possível aprender a ser carismático. Esta é a principal mensagem do livro Aprender a Ser Carismático, de Olivia Fox Cabane, conferencista e professora em Harvard, Yale, no MIT e nas Nações Unidas.

Não acredita? Está na hora de começar a treinar o seu magnetismo com a ajuda da ciência.

Uma aptidão

Quando olhamos para algumas pessoas, achamo-las irresistíveis e pensamos que já nasceram com esse talento, mas não podíamos estar mais enganados. “Nos últimos anos, a investigação mostrou que o carisma resulta de comportamentos não verbais específicos, e não de alguma qualidade inata ou mágica”, escreve Olivia Fox Cabane no livro já citado.

Por outra palavras, o carisma é uma aptidão, que, tal como qualquer outra, pode ser trabalhada e praticada e isso não implica modificar a sua personalidade, mas sim acrescentar-lhe algo. E não, também não terá de se tornar uma pessoa expansiva ou extrovertida; esse é mais um mito associado ao tema.

A professora universitária refere que, se o carisma fosse inato, as pessoas que tivessem nascido com tal característica “seriam sempre sedutoras e cativantes, o que não acontece”.

O exemplo que dá no livro é o de Marilyn Monroe, que tinha a capacidade de desligar o carisma como se tivesse um interruptor, conseguindo, com isso, passar despercebida. Quando voltava a querer mostrar-se carismática, mudava apenas a linguagem corporal.

A capacidade de estar realmente presente torna as pessoas memoráveis

Os três elementos

Para a conferencista, há três ingredientes fundamentais para se ser carismático: “a presença, o poder e a afetividade”, que são comunicados principalmente através da linguagem corporal. Vejamos cada um deles.

Para Olivia Fox Cabane, a capacidade de estar realmente presente torna as pessoas memoráveis. Quando não se está inteiramente presente, a pessoa com quem se está facilmente se apercebe disso, o que a afasta, pois não se sente ouvida nem valorizada.

Já ser considerado poderoso significa ser entendido como alguém que consegue influenciar o mundo à sua volta e isso é transmitido, em primeiro lugar, por uma linguagem corporal confiante, esqueça os ombros descaídos, os gestos supérfluos e os olhares fugidios.

A tríade conclui-se com o afeto, pois alguém que se mostre caloroso será considerado benevolente e altruísta.

Saber falar e ouvir

Olivia Fox Cabane diz que existem algumas técnicas verbais e vocais específicas que ajudam a projetar nos outros esses três elementos.

A presença é comunicada quando se escuta o outro, não o interrompendo e fazendo uma pausa antes de falar. O afeto consegue-se através da criação de associações positivas, evitando as negativas, e fazendo com que as pessoas se sintam valorizadas e importantes. Por último, o poder transmite-se com uma conversa concisa, mas com metáforas, que contenha informação de valor.

Tudo isto é fundamental sempre, mas mais ainda nas primeiras impressões, que, como se sabe, são muito importantes para a ideia com que se fica de alguém.

Antecipar as situações ajuda a atenuar o desconforto

Os obstáculos

Agora que já sabe como comportar- se, olhemos para o obstáculo mais comum do carisma: a baixa autoestima.

Em entrevista à Forbes, Olivia Fox Cabane afirmou que 70% da população já experimentou, em alguma situação, a síndrome do impostor e que muitos CEO com quem trabalha confessam travar uma batalha vitalícia contra a mesma. Portanto, é um trabalho para a vida.

Lembre-se que para ter uma presença forte e carismática tem de saber lidar com o desconforto interior; isso implica afastar o estigma, neutralizar os pensamentos negativos e reescrever a sua perceção da realidade.

A conferencista diz que afastar essas sensações de desconforto passa, em primeiro lugar, por perceber que fazem parte do nosso instinto de sobrevivência, que muitas pessoas já passaram pelo mesmo e foram bem-sucedidas. Antecipar as situações ajuda a atenuar o desconforto.

4 tipos de personalidade carismática

A adoção de um ou outro depende da personalidade de cada um, mas é possível alternar entre todos ou usá-los em simultâneo.

Carisma de foco

Transmite-se sobretudo através da presença e de uma escuta ativa e atenta, que faz com que as pessoas se sintam respeitadas.

A presença é base de tudo para este tipo. São exemplos Elon Musk, Bill Gates e Ghandi.

Carisma de tipo visionário

Neste grupo, incluem-se os carismáticos conhecidos pelas suas visões ousadas que inspiram as pessoas, fazendo-as acreditar no seu discurso.

Na base dele, está a convicção. Martin Luther King Jr. e Steve Jobs tinham este tipo de personalidade.

Carisma da bondade

Estas pessoas transmitem calor e aceitação e conseguem criar uma ligação emocional com quem as rodeia. Na base está a proteção que emanam. Dalai Lama e a princesa Diana fazem parte deste grupo.

Carisma de autoridade

É a projeção de poder e de estatuto que lhes dá carisma e que faz com que os outros os oiçam e lhes obedeçam. A característica base é a confiança.

Winston Churchill e Margaret Tatcher são a sua personificação.

3 dicas para uma presença mais carismática

1. Contacto visual profundo, mas caloroso, com as pessoas com quem está;

2. Uma postura que transmita confiança;

3. Uma voz lenta, confiante e calorosa. Baixe o tom de voz no fim das frases e faça uma pausa de dois segundos antes de falar.

Fonte: adaptado do livro Aprender a ser Carismático, de Olivia Fox Cabane (Casa das Letras).
A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº 264, junho de 2022.

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