Quer ser mais carismática? Siga estas 3 dicas
Ser carismática não é uma característica inata, mas sim uma aptidão social que pode e deve ser trabalhada. Presença, poder e afeto são os ingredientes fundamentais para ter esse magnetismo. Descubra os tipos de personalidade com carisma e dicas para adotar esta característica.
Ninguém nasce com carisma e é possível aprender a ser carismático. Esta é a principal mensagem do livro Aprender a Ser Carismático, de Olivia Fox Cabane, conferencista e professora em Harvard, Yale, no MIT e nas Nações Unidas.
Não acredita? Está na hora de começar a treinar o seu magnetismo com a ajuda da ciência.
Uma aptidão
Quando olhamos para algumas pessoas, achamo-las irresistíveis e pensamos que já nasceram com esse talento, mas não podíamos estar mais enganados. “Nos últimos anos, a investigação mostrou que o carisma resulta de comportamentos não verbais específicos, e não de alguma qualidade inata ou mágica”, escreve Olivia Fox Cabane no livro já citado.
Por outra palavras, o carisma é uma aptidão, que, tal como qualquer outra, pode ser trabalhada e praticada e isso não implica modificar a sua personalidade, mas sim acrescentar-lhe algo. E não, também não terá de se tornar uma pessoa expansiva ou extrovertida; esse é mais um mito associado ao tema.
A professora universitária refere que, se o carisma fosse inato, as pessoas que tivessem nascido com tal característica “seriam sempre sedutoras e cativantes, o que não acontece”.
O exemplo que dá no livro é o de Marilyn Monroe, que tinha a capacidade de desligar o carisma como se tivesse um interruptor, conseguindo, com isso, passar despercebida. Quando voltava a querer mostrar-se carismática, mudava apenas a linguagem corporal.
A capacidade de estar realmente presente torna as pessoas memoráveis
Os três elementos
Para a conferencista, há três ingredientes fundamentais para se ser carismático: “a presença, o poder e a afetividade”, que são comunicados principalmente através da linguagem corporal. Vejamos cada um deles.
Para Olivia Fox Cabane, a capacidade de estar realmente presente torna as pessoas memoráveis. Quando não se está inteiramente presente, a pessoa com quem se está facilmente se apercebe disso, o que a afasta, pois não se sente ouvida nem valorizada.
Já ser considerado poderoso significa ser entendido como alguém que consegue influenciar o mundo à sua volta e isso é transmitido, em primeiro lugar, por uma linguagem corporal confiante, esqueça os ombros descaídos, os gestos supérfluos e os olhares fugidios.
A tríade conclui-se com o afeto, pois alguém que se mostre caloroso será considerado benevolente e altruísta.
Saber falar e ouvir
Olivia Fox Cabane diz que existem algumas técnicas verbais e vocais específicas que ajudam a projetar nos outros esses três elementos.
A presença é comunicada quando se escuta o outro, não o interrompendo e fazendo uma pausa antes de falar. O afeto consegue-se através da criação de associações positivas, evitando as negativas, e fazendo com que as pessoas se sintam valorizadas e importantes. Por último, o poder transmite-se com uma conversa concisa, mas com metáforas, que contenha informação de valor.
Tudo isto é fundamental sempre, mas mais ainda nas primeiras impressões, que, como se sabe, são muito importantes para a ideia com que se fica de alguém.
Antecipar as situações ajuda a atenuar o desconforto
Os obstáculos
Agora que já sabe como comportar- se, olhemos para o obstáculo mais comum do carisma: a baixa autoestima.
Em entrevista à Forbes, Olivia Fox Cabane afirmou que 70% da população já experimentou, em alguma situação, a síndrome do impostor e que muitos CEO com quem trabalha confessam travar uma batalha vitalícia contra a mesma. Portanto, é um trabalho para a vida.
Lembre-se que para ter uma presença forte e carismática tem de saber lidar com o desconforto interior; isso implica afastar o estigma, neutralizar os pensamentos negativos e reescrever a sua perceção da realidade.
A conferencista diz que afastar essas sensações de desconforto passa, em primeiro lugar, por perceber que fazem parte do nosso instinto de sobrevivência, que muitas pessoas já passaram pelo mesmo e foram bem-sucedidas. Antecipar as situações ajuda a atenuar o desconforto.
4 tipos de personalidade carismática
A adoção de um ou outro depende da personalidade de cada um, mas é possível alternar entre todos ou usá-los em simultâneo.
Carisma de foco
Transmite-se sobretudo através da presença e de uma escuta ativa e atenta, que faz com que as pessoas se sintam respeitadas.
A presença é base de tudo para este tipo. São exemplos Elon Musk, Bill Gates e Ghandi.
Carisma de tipo visionário
Neste grupo, incluem-se os carismáticos conhecidos pelas suas visões ousadas que inspiram as pessoas, fazendo-as acreditar no seu discurso.
Na base dele, está a convicção. Martin Luther King Jr. e Steve Jobs tinham este tipo de personalidade.
Carisma da bondade
Estas pessoas transmitem calor e aceitação e conseguem criar uma ligação emocional com quem as rodeia. Na base está a proteção que emanam. Dalai Lama e a princesa Diana fazem parte deste grupo.
Carisma de autoridade
É a projeção de poder e de estatuto que lhes dá carisma e que faz com que os outros os oiçam e lhes obedeçam. A característica base é a confiança.
Winston Churchill e Margaret Tatcher são a sua personificação.
3 dicas para uma presença mais carismática
1. Contacto visual profundo, mas caloroso, com as pessoas com quem está;
2. Uma postura que transmita confiança;
3. Uma voz lenta, confiante e calorosa. Baixe o tom de voz no fim das frases e faça uma pausa de dois segundos antes de falar.