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Histórias de Natal: amigos e karaoke

Histórias de Natal: amigos e karaoke

Seis protagonistas, seis histórias que contam diferentes formas de viver o Natal. Hoje, descubra a de Mariana Fischer, nutricionista brasileira que vive em Portugal há já quatro anos.

Por Dez. 10. 2019

Diz o rifão que “o Natal é quando o Homem quiser”. Na verdade, seria mais correto dizer ‘natais’, tal é a diversidade de maneiras de viver a quadra. Mas uma coisa é certa, quer se recriem tradições, se inventem novas ou se viva a época de forma alternativa, é sempre um dia único.

Natal com amigos e karaoke

As tradições natalícias brasileiras não diferem muito das portuguesas, mas, por força das circunstâncias, os natais de Mariana Fischer, nutricionista brasileira a viver em Portugal há quatro anos, depois de dois passados na Irlanda, a pouco e pouco tornam-se diferentes.

“Costumamos reunir-nos com os amigos. No ano passado foi em minha casa e conseguimos reunir 16 pessoas. Como era só gurizada [jovens] acabou por ser muito pouco tradicional, com clericot, uma espécie de sangria, karaoke e baile funk”, conta, divertida, assumindo que não é bem assim que são festejados os natais em Porto Alegre, a cidade do Sul do Brasil de onde é originária.

Contudo, sendo o marido de Mariana chef de cozinha, algumas das tradições gastronómicas foram mantidas. “Ele conseguiu tirar folga nesse dia e fez a ceia: desta vez não tivemos peru, mas houve bacalhau, camarão e alguns pratos que são tradicionais no nosso Natal”, conta.

Normalmente as pessoas reúnem-se por volta das sete da tarde e vão petiscando, mas o jantar só é servido à meia-noite

Entre eles contam-se arroz à grega, farofa, salpicão, salada de maionese e o tender de Natal – um pernil de porco feito no forno e servido com fios de ovos e cerejas em calda. “É muito bom!”, garante Mariana.

Este ano, a consoada será passada em casa de outros amigos, mas como haverá familiares de visita, Mariana conta com um Natal mais parecido com o que vivia em Porto Alegre.

“Não sei ainda se haverá amigo secreto, que é o hábito no Brasil, é algo que temos de combinar mais perto da data, nem se o jantar será à meia-noite”, diz.

O jantar tardio é outra das tradições brasileiras do 24 de dezembro. “Normalmente as pessoas reúnem-se por volta das sete da tarde e vão petiscando, mas o jantar só é servido à meia-noite. Na minha família, como havia muitas crianças, acabávamos por jantar mais cedo e trocávamos os presentes antes de ir para a mesa”, conta a nutricionista, ainda pouco habituada a passar o Natal no Inverno.

A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº 234, dezembro de 2019.
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