Relações e família

Leishmaniose: tudo sobre esta doença que pode matar o seu animal de estimação

Já ouviu falar da leishmaniose? Diana Lourenço, veterinária do Dr. Bigodes, revela o essencial a saber sobre esta doença que pode ser fatal para o seu melhor amigo de quatro patas.

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Leishmaniose: tudo sobre esta doença que pode matar o seu animal de estimação Leishmaniose: tudo sobre esta doença que pode matar o seu animal de estimação
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Escrito por
Jul. 14, 2021

A leishmaniose é uma doença provocada por um parasita denominado Leishmania. Este parasita pode afetar o Homem, o cão e, também, o gato. Trata-se de uma zoonose endémica em Portugal continental e, como tal, assume uma elevada relevância a nível de saúde pública. Se não for tratada pode vir a revelar-se fatal para o animal.

A doença ocorre predominantemente em regiões tropicais e subtropicais e, também, nos países mediterrânicos, como é o caso de Portugal. Por cá, as regiões com maior incidência desta doença, devido principalmente ao clima, são Lisboa, Algarve e Alto Douro.

Como ocorre a transmissão da leishmaniose?

A transmissão ocorre através da picada de insetos, mais especificamente de flebótomos, que de uma forma simples são semelhantes a mosquitos, mas de tamanho inferior.

A maior incidência da doença ocorre de abril a outubro e os períodos do dia mais propícios à picada destes flebótomos são no nascer e pôr do sol.

Normalmente, passeios com animais de estimação durante estes meses, nestes períodos do dia, e perto de zonas de águas paradas, como é o caso de cursos de água de pouco caudal, acabam por ser os mais propícios a que seja transmitida a doença ao seu animal de companhia, mediante a picada do flebótomo contaminado com o parasita leishmania.

Por outro lado, embora menos comum, este parasita também pode ser transmitido através de transfusões sanguíneas.

De forma a identificar e até mesmo exercer um maior controlo da carga parasitária no seu animal, deve testar o seu animal de estimação frequentemente
Diana Lourenço, veterinária Dr. Bigodes Diana Lourenço, veterinária Dr. Bigodes

Os animais infetados com leishmaniose podem levar meses ou até anos para revelarem algum sinal clínico. Os sinais clínicos podem ser variados, desde um espessamento da pele, crescimento excessivo das unhas ou até uma possível insuficiência renal.

O tratamento não permite uma eliminação efetiva do parasita, havendo apenas um controlo da carga parasitária no animal e, por conseguinte, da gravidade da doença. Desta forma, podemos observar recidivas desta doença no animal de companhia.

De forma a identificar e até mesmo exercer um maior controlo da carga parasitária no seu animal (caso ele seja positivo), deve testar o seu animal de estimação frequentemente, e pode fazê-lo com recurso a testes específicos que existem no mercado para esse efeito, mediante o aconselhamento e acompanhamento do seu veterinário.

Como prevenir esta doença no animal de estimação

A prevenção da leishmaniose é, sem dúvida, a melhor ferramenta no caso desta doença, podendo fazê-la da seguinte forma:

  • Uso de produtos repelentes que, por sua vez, diminuam as picadas dos flebótomos, como é o caso das coleiras e das pipetas desparasitantes;
  • Vacinação anual contra a leishmaniose;
  • Evitar passeios com o seu animal ao amanhecer e entardecer (períodos do dia com maior atividade dos flebótomos);
  • Efetuar rastreios anuais de leishmaniose de forma a identificar situações de animais que sejam portadores mas ainda não tenham manifestado nenhum sinal clínico.

Se tem dúvidas relativamente a este assunto ou precisa de qualquer outro esclarecimento adicional sobre este tema e, até mesmo, pretende realizar um despiste de leishmaniose ao seu animal de estimação, não hesite em contactar um especialista.

Dr.Bigodes nasceu para facilitar a vida aos donos dos animais de estimação. Se vai de férias e não sabe onde deixar o seu melhor amigo de quatro patas ou uma simples ida ao veterinário é um stresse, então este projeto diferenciador foi criado a pensar em si. Conheça todos os serviços e acompanhe tudo através do Instagram e Facebook.

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