Afinal, para que serve o microchip? É obrigatório?

Desde há uns tempos para cá que o tema microchip tem vindo a ser amplamente falado. Diana Lourenço, veterinária do Dr. Bigodes, ajuda a desmistificar e esclarecer algumas dúvidas relativamente a esta temática.

O microchip é um dispositivo que, a nível de dimensão, é quase do tamanho de um grão de arroz e é colocado, através de uma injeção, no lado esquerdo do pescoço, atribuindo a cada animal identificado um código numérico exclusivo que não pode ser alterado.

Trata-se de um modo de identificação seguro, intransponível e que será para toda a vida. Desta forma, podemos dizer que o número do microchip afeto ao animal é único e pessoal, à semelhança do que acontece com o nosso número do bilhete de identidade, e será através desse número, com a ajuda da plataforma SIAC (Sistema de Identificação de Animais de Companhia ) que todos os dados referentes ao animal e ao seu tutor são registados.

A identificação dos animais de companhia (cães, gatos, furões, segundo as entidades europeias) tem caráter obrigatório desde 2019 e deve ser feita até aos 120 dias de vida do animal.

Os restantes animais, como os cães nascidos antes de julho de 2008 e os gatos, que até então não era obrigatória a colocação do microchip, devem, igualmente, colocar o microchip, de acordo com a nova lei.

O facto de, através do número do microchip do animal, se conseguir aceder a todos os contactos do tutor representa a maior vantagem do dispositivo no caso do animal se perder ou ser roubado. Para além de que este microchip não necessita de qualquer manutenção.

Portanto, no caso de encontrar um animal perdido ou roubado, deve pedir ajuda ao seu médico veterinário ou dirigir-se a um centro de atendimento veterinário onde, mediante o uso de um leitor de microchips, se consiga detetar o número e aceder ao SIAC, verificando a informação de contacto do seu tutor.

Por último, importa falar do Sistema de Informação de Animais de Companhia, que integra a informação relativa à identificação de animais de companhia de forma simples e unificada numa única plataforma que está acessível para médicos veterinários e para os tutores de animais de companhia.

É importante que o tutor do animal de companhia mantenha os seus dados atualizados, de forma a que se consiga rapidamente entrar em contacto caso seja necessário.

Posto isto, não hesite em colocar o microchip no seu amigo de quatro patas.

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