Cuidar de um ser humano é mais do que uma ligação, é um trabalho que nunca acaba. Ainda que traga imensa felicidade e gratidão, as responsabilidades e exigências de educar uma criança podem levar qualquer uma ao limite.
Sem dúvida que quer que o seu filho seja saudável e feliz, mas isso não implica ter de abdicar do seu bem-estar. Ao colocá-lo de lado, está potencialmente a aumentar os seus níveis de stresse e, consequentemente, a gerar sentimentos de sobrecarga.
Estes podem ser medo ou frustração, daí ser fundamental encontrar um equilíbrio entre todos os aspetos da sua vida (familiar, profissional ou individual).
Não tenha medo de falhar, não deixe que as dúvidas e receios a levem a questionar se é, na verdade, boa mãe. Tais desafios fazem parte da parentalidade, e não existem mães perfeitas.
Para não chegar ao desgaste total e se quer ajuda a refletir sobre a sua experiência como mãe, siga a checklist criada pela Ordem dos Psicólogos Portugueses, ou OPP, e descubra o seu nível de stresse parental.
Checklist de stresse parental
Para obter resultados verdadeiros, pode basear-se na sua experiência pessoal e responder de forma sincera e honesta sempre que resultado à afirmação for ‘sim, na maior parte do tempo”.
Esta checklist não é um diagnóstico, mas se assinalar mais de nove afirmações e se sentir sobrecarregada com a parentalidade, então é aconselhado que procure ajuda profissional.
1. Sinto-me muito cansada, tudo é um esforço para mim.
2. Sinto que cuidar do meu filho/a consome mais energia do que aquela que tenho.
3. Sinto-me ansiosa, nervosa, preocupada ou irritável.
4. Sinto-me sem esperança, acho que vai tudo correr mal.
5. Sinto que não sou um bom pai/mãe.
6. Sinto-me triste, nada me anima.
7. Sinto-me sozinha e/ou não tenho a quem pedir ajuda ou apoio se precisar.
8. Sinto-me distante da minha filha/o.
9. Não consigo usufruir e tirar prazer dos momentos que passo com o meu filho/a.
10. Preocupo-me com a minha capacidade financeira para dar uma boa vida à minha filha/o.
11. Tenho dificuldade em equilibrar as minhas responsabilidades profissionais e parentais.
12. Sinto que não tenho tempo para mim e que ser mãe/pai tomou conta de toda a minha vida.
13. Não sei lidar com os comportamentos do meu filho/a.
14. Sinto que estou a falhar como pai/mãe.
15. Não aguento mais ser mãe/pai. Tenho vontade de fugir.