A tosse do canil é uma infeção das vias tosse do canilrespiratórias, provocada por um ou mais agentes infeciosos, como os vírus e bactérias. Parainfluenza Canina, Adenovírus Canino 2 e a bactéria Bordetella Bronchiseptica são os agentes responsáveis pela transmissão da doença, ao contaminar objetos como bebedouros, roupas, calçado e brinquedos.
É altamente contagiosa entre cães, mas importa referir que não é possível ocorrer transmissão a outras espécies, como gatos ou mesmo aos humanos.
Quanto à disseminação da doença, ela pode acontecer através do contacto direto com outro cão infetado, pela partilha de objetos que estejam contaminados ou transmitida pelas gotículas de saliva quando o cão tosse.
Além disso, uma vez que os vírus e bactérias responsáveis pela tosse do canil se transmitem sobretudo pelo ar, há maior risco de contaminação em espaços com muitos cães, como parques, canis, jardins ou hotéis.
Sintomas da tosse do canil
O principal sinal é a tosse seca e persistente e, em alguns casos, a ocorrência de regurgitação (expetoração). Os espirros e corrimento nasal podem igualmente surgir associados. Esta tosse costuma ser exacerbada em momentos de excitação, passeios à trela e após exercício físico.
Para cães não vacinados ou em cães mais velhos e fragilizados, pode evoluir para broncopneumonia, manifestada em sintomas como febre, secreção nasal, perda de apetite ou tosse com expetoração. Os sintomas manifestam-se cerca de cinco a dez dias, após o contacto com cães contaminados.
Normalmente, a doença surge com mais frequência nas estações do ano e regiões mais frias, altura em que as vias respiratórias ficam mais expostas e frágeis com o clima húmido e temperaturas baixas. Contudo, não quer dizer que a infeção não possa ocorrer em qualquer altura do ano.
Como é feito o diagnóstico
Antes de mais, deve saber que não há um exame específico para a tosse do canil. O diagnóstico baseia-se no historial do animal – como o esquema vacinal em dia, contacto com outros cães -, assim como nos sintomas apresentados.
O veterinário deverá analisar o patudo para excluir outras causas como doenças cardíacas, infeções fúngicas ou parasitas. Poderá ainda ser realizado, se necessário, uma radiografia à região torácica, análises ao sangue ou análises microbiológicas.
Posto isto, se notar alguns dos sintomas acima mencionados no seu amigo de quatro patas, o mais indicado é que recorra ao veterinário para que possa examiná-lo e identificar a causa o mais rapidamente possível.
Tratamentos e formas de prevenção
Normalmente, a tosse do canil passa dentro de sete a 14 dias. No entanto, o animal pode transmiti-la durante mais seis a 14 semanas. Lembre-se que animais infetados devem evitar contacto com outros.
Depois de realizado o diagnóstico, o médico veterinário, quando necessário, pode aconselhar a administração de medicamentos anti-inflamatórios e antibióticos.
Para aliviar o desconforto causado pela tosse, pode também fazer parte do tratamento um antitússico.
Caso o animal fique desidratado, pode ser necessária a administração de fluidos e inalações.
Cuidados de higiene
Em casa, uma boa higiene é fundamental. O motivo? Evitar a proliferação de bactérias e vírus.
Não se esqueça de que o seu animal de estimação deve seguir uma alimentação adequada e equilibrada e garanta que não é exposto a correntes de ar e ao frio.
É ainda aconselhado que o cão não faça esforços, para que não prejudique a irritação das vias respiratórias. Na hora do passeio, deve fazê-lo com um peitoral, em vez da coleira, para que não exista maior irritação na zona inflamada.
Vacinação contra a tosse do canil
Como a maioria das doenças, a prevenção será sempre um dos melhores remédios. Não ignore a importância da vacinação, que reduzirá a gravidade do quadro clínico dos cães que entrarem em contacto com os vírus e bactérias.
No caso de ser um animal de risco, isto é, se o tiver que o deixar num canil, se frequenta um ATL para cães, exposições caninas ou se é habitual brincar com outros patudos durante os passeios, vacine-o anualmente ou semestralmente.
Dado o alto poder contagioso desta doença, sempre que vai de férias, por exemplo, e sabe que irá deixar o seu animal de estimação num hotel, garanta que ele está previamente vacinado, pois estará em contacto com muitos cães num ambiente fechado.
A segurança imunitária à entrada destes espaços é, portanto, crucial. Neste sentido, importa referir que a vacinação deve ser efetuada três semanas antes da entrada no hotel. Isto porque, ainda que três dias após terminar a vacinação – seja ela a intranasal ou outra – o animal fique imune à bactéria (bordetella bronchiseptica), apenas após três semanas este poderá ficar imune aos vírus que complementam a doença.
Fique ainda a saber que existem dois tipos de vacinas: uma de aplicação subcutânea, na zona do pescoço, e outra de aplicação intranasal, no nariz do animal. A primeira exige um reforço após quatro semanas, enquanto que a intranasal necessita apenas de uma aplicação. No entanto, a revacinação das duas vacinas deve ser anual.
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