4 restaurantes que tem de provar este mês
Entre restaurantes destacados pelo Guia Michelin e novidades nas cartas, veja quais são os restaurantes que tem de experimentar em julho. Bom apetite!
A dois restaurantes onde o peixe e o marisco são reis e senhores, juntámos um com um conceito inovador e outro que assenta num quarteto: vinho, comida, arte e música. Conheça as nossas sugestões de julho.
Taberna d’Adélia
A Nazaré, a vila piscatória do Oeste português que mais se tem destacado nos últimos anos, está também a marcar a diferença na hora de comer, saber receber e surpreender. Aliás, estes foram os argumentos apontados pelo afamado Guia Michelin, que elegeu pela oitava vez consecutiva, o restaurante Taberna d’Adélia para o seu guia de restaurantes.
Fica localizado a uns meros passos da praia principal da Nazaré e a outros tantos do mercado municipal. A sua carta e a sua renovada decoração – há cerca de meio ano – fazem jus às cores, tecidos e tradições da terra das sete saias e trazem para a mesa a força das suas ondas gigantes e a excelente qualidade do seu peixe fresco e marisco. Aqui, só há marisco de mar e é comum comer-se ao almoço o peixe apanhado durante a madrugada. Tudo isto sem podermos deixar de salientar a forma como a equipa recebe os seus clientes e a qualidade e diversidade da garrafeira exposta no restaurante.
Se for à Nazaré e por lá quiser comer, a Taberna d’Adélia nunca desilude. Agora, como toda a fama tem o seu preço – leia-se imensa procura –, o melhor é reservar o seu almoço ou jantar com a devida antecedência.
Onde: R. das Traineiras, 12, Nazaré.
Quando: De sexta a quarta-feira, das 12h às 15h30 e das 19h às 22h30.
Àcosta
A Doca da Marinha é a localização privilegiada do oitavo conceito do grupo de restauração Olivier. Falamos do Àcosta, que, como o nome já faz crer dá primazia ao peixe e ao marisco nacionais. “Faltava um restaurante destes em Lisboa”, começa por afirmar Olivier da Costa, enquanto conversa connosco sobre o conceito.
“Servimos o que de melhor tem o nosso mar e ao mesmo tempo presto uma homenagem à minha família e à gastronomia portuguesa”, refere. A navalha grelhada com manteiga de alho e ervas (22€); as lulas Àcosta (preço sob consulta), que são lulas grelhadas com molho beurre blanc – “um molho que o meu pai [o cozinheiro Michel] fazia”, conta o chef; o arroz nero, choco camarão e tamboril (45€, duas pessoas) são alguns dos pratos obrigatórios.
Para finalizar, sugerimos a mousse de chocolate (9€) com a qual Olivier lembra a avó, que juntava nougat e Conguitos, comprados à saída do Liceu Francês onde dava aulas, à mousse que fazia para os netos. A grande sala do Àcosta está aberta para o terraço onde se situa a esplanada, em cima do Tejo, que é sem dúvida a zona mais apetecível para desfrutar da refeição, pelo menos, enquanto o verão durar.
Onde: Av. Infante Dom Henrique, A, Lisboa.
Quando: De terça-feira a quinta- -feira e domingo, das 12h30 às 24h30; de sexta-feira a sábado, das 12h30 às 2h.
Vibe by Mattia Stanchieri
Sabores pouco ou nada explorados em Portugal foi o que encontramos no Vibe, e este não é o único aspeto inovador do restaurante do chef italiano Mattia Stanchieri, que decidiu fazer de Lisboa a sua casa, pois promete mudar o tipo gastronomia a cada quatro meses. “Para mim e para a minha equipa, é muito importante manter a criatividade, daí este desafio de ir mudando a cozinha. Assim, vamos descobrindo novas culturas. A comida para mim é também contar uma história e é isso que quero fazer”, refere.
Para começar escolheu a cozinha cajun e crioula, típica de Nova Orleães e do Luisiana, com um toque do Taiti, com as quais contactou quando trabalhou nas Bahamas. Todas as noites são servidos dois menus de degustação Easy Peasy (cinco momentos, 75€) e The Big Easy (sete momentos, 90€) e tudo o que vem para a mesa tem o condão de nos surpreender.
Os produtos nacionais brilham nesta cozinha de sabores tão díspares. “Adoro os produtos portugueses”, diz Mattia Stanchieri. A oyster Rockfeller que tem agrião e queijo de São Jorge, o gumbo in one bite (lagostim de rio, conserva de quiabos picantes e alheira) e o egg sardou (ovo sous vide, alcachofra, molho holandês, alho-francês queimado) são alguns dos pratos que vão perdurar na nossa memória durante muito tempo… A próxima gastronomia a brilhar no Vibe será a italiana.
Onde: R. Horta Seca, 5B, Lisboa.
Quando: De quarta-feira a domingo, das 19h às 24h.
CAV 86
Comida, vinhos, música e arte é o quarteto que faz o CAV 86 sobressair na cena gastronómica lisboeta. Os produtos sazonais são as estrelas dos pratos que foram feitos para serem partilhados pelos comensais e harmonizados com vinhos naturais. Neste restaurant wine bar, que pertence ao grupo Cavalariça, cujos restaurantes se situam na Comporta e em Évora, na cozinha está a brasileira Vanessa Nemen.
Presunto guijuelo (pan com tomate e salada de favas, 12,5€), arancini (açafrão, ragu bolonhesa e stracciatella, 7€), tempura de vegetais (com ponzu de cerveja preta, 11€) ou o confit de pato (23€) são algumas das novidades da carta. Para rematar refeição, não pode faltar a pavlova (com curd e fruta da estação, 9€).
Durante a semana, o CAV 86 tem um menu de almoço (16€, que inclui entrada, prato e sobremesa). A música está sempre presente e, ao sábado, nunca faltam as DJ Saturday Hang Out, com um convidado diferente a cada semana. Já no que diz respeito à arte, as paredes do CAV 86 serão palco para jovens artistas.
Onde: Rua da Boavista, 86, Lisboa.
Quando: De segunda a sexta -feira, das 12h30 às 14h30 e das 19h às 24h; sábado e domingos, das 19h às 24h.