Restaurantes e bares

5 restaurantes a conhecer com sabores dos 4 cantos do mundo

Prepare-se para uma viagem gastronómica inesquecível, sem ter de sair de Portugal.

Untitled-7 Untitled-7 Untitled-7
5 restaurantes a conhecer com sabores dos 4 cantos do mundo 5 restaurantes a conhecer com sabores dos 4 cantos do mundo
© Ramen Station
Rita Caetano
Escrito por
Inês Aparício
Escrito por
Tânia Alexandre
Escrito por
Mar. 14, 2025

Venha connosco numa viagem gastronómica. A conhecer: um restaurante de sanduíches libanesas, um de alta gastronomia tradicional italiana, um gastro pub cuja carta é inspirada nos sete pecados capitais, uma “estação de comboios” que serve ramen, e um restaurante com uma vista incrível para o Tejo.

Taza

Foi a guerra que fez com que Anthony Abi Haidar, chef e proprietário do Taza, deixasse o Líbano e se mudasse para Lisboa, duas semanas após ter vindo cá de férias e ter percebido que faltava um restaurante de sanduíches libanesas. Este foi o mote para a abertura do Taza, que signfica fresco em árabe e que, como conta o chef, é um termo muito usado para o pão e, neste restaurante do Cais do Sodré, faz todo o sentido, pois o kaaké, uma mistura entre o pão pita e um bagel com sementes de sésamo e farelo de trigo, infundido com uma especiaria feita de sementes de cereja que lhe confere um aroma amargo de baunilha, é feito ali duas vezes por dia.

©Bernardo Fangueiro

Os ingredientes que o recheiam também primam pela frescura e a maioria deles são locais, comprados no vizinho Mercado da Ribeira, aos quais juntam alguns libaneses, como explica Anthony Abi Haidar.

Olhemos agora para os recheios das sandes que não são os típicos libaneses. O chef deu-lhe um toque ocidental, tanto que encontramos a clássica mista, com queijo português, presunto e orégãos. Mas a nossa preferida é a famous halloumi, com pistácio, arugula, gomos de laranja e queijo halloumi. Mas antes da sandes, é obrigatório provar o creamy hummus, que, assegura o chef, ser o melhor da cidade e não está a exagerar.

©Bernardo Fangueiro

Onde: R. Moeda, 2A, Lisboa.
Quando: Todos os dias, das 12h às 16h e das 18h às 23h

1743 Palácio Fonte Nova

O nome do restaurante – 1743 Palácio Fonte Nova – remete-nos para o ano do início da construção da quinta onde está situado e a decoração clássica e elegante transporta-nos também para o passado, com os lustres e o veludo das cadeiras a casarem na perfeição com o espaço. Lá fora, um jardim romântico faz de cenário à esplanada.

©1743 Palácio Fonte Nova

Na base do menu, criado por Joachim e Cíntia Koerper, chefs consultores de cozinha e pastelaria, respetivamente, do projeto está a alta gastronomia tradicional italiana. A escolha partiu dos proprietários, os argentinos Franco e Nicolás, fãs da cozinha transalpina e encontraram no casal Koerper os parceiros ideias para esta aventura, pois também eles têm uma ligação profissional e académica a Itália. “Quis mostrar aos portugueses que também sei fazer cozinha italiana e juntamos a esta a nossa criatividade e técnicas sofisticadas”, explica Joachim Koerper, coadjuvado por Cinthia, que foi buscar inspiração a várias regiões italianas para a criação das sobremesas.

©1743 Palácio Fonte Nova

Atum (dos Açores) tonato, anchova, alcaparras, cebola roxa, tomate (21€), risotto alla milanesa gratinado e folha de ouro (25€), tagliarinni com alho, peperoncino e camarão da nossa costa (25€), barriga de leitão com parmigiano, salvia, funghi porcini e polenta cremosa (28€) são alguns dos pratos a provar.

Onde: R. Álvaro Augusto Rodrigues Vilela, Rio de Mouro.
Quando: De terça a domingo, das 12h30 às 14h30 e das 19h às 22h30.

Blss U

Dizem que “todos os pecados começaram com uma trinca”. E, no Blss U, é exatamente assim, de uma forma bastante literal. Afinal, são os sete pecados capitais que guiam a carta do recente gastro pub no coração da cidade do Porto. Com “um conceito gastronómico irreverente, apresentado de uma forma criativa, que incentiva a partilha à mesa, sem culpas e sem preconceitos”, como descreve o chef Xavier Oliveira, à frente do projeto.

© Blss U

O menu inspira-se nos quatro cantos do mundo para reinventar pratos e ingredientes bem portugueses. Talvez o melhor exemplo disso seja a francesinha (9,50€), aqui numa versão asiática, pensada para comer com pauzinhos. Contrariamente à tradicional, tem o aspeto de uma peça de sushi quente, em que o pão de forma é enrolado, passado por alga nori e recheado com enchidos. É finalizada, claro, com o famoso molho picante. A esta, juntam-se o frango piri-piri (9,50€) que, por ser “um prato exuberante e intenso no seu sabor” é associado à inveja ou a caldeirada de algas e tofu (9,50€) identificada na ementa como orgulho, “por ser um prato 100% vegetariano”, esclarece o chef.

© Blss U

Onde: R. Chã, 44, Porto.
Quando: Todos os dias, das 12h às 15h30 e das 19h às 23h30.

Ramen Station

As estações de comboio e metro japonesas, onde existem alguns dos melhores ramens do Japão, serviram de inspiração para os novos espaços de António Carvalhão e João Azevedo Ferreira, a dupla de fundadores do Ajitama. “O objetivo é democratizar o consumo de ramen japonês sempre com a qualidade que nos caracteriza”, garante-nos António Carvalhão.

© Ramen Station

O primeiro Ramen Station abriu em Benfica e o segundo no Campo Pequeno. A grande diferença entre eles é que no primeiro existe o Ramen Lab, onde tudo é feito para os vários restaurantes do grupo. “Assim garantimos a consistência de tudo o que servimos”, afirma. Da sala, é possível ver como são produzidos os noodles com uma máquina vinda do Japão enquanto se degusta um dos três ramens disponívels: Amazing Shio, Incredible Miso e Sublime Vegan (entre 9,90€ e 11,50€).

© Ramen Station

O primeiro é aquilo que se chama um ramen suave, no segundo, reina o sabor umami e o terceiro, como o nome indica é a versão vegana. Para entrada, as sugestões são as gyozas, de frango ou vegetais, servidas com molho caseiro, e o edamame. Para terminar, existem três mochi: de manga/maracujá e de chocolate com avelã, ambos veganos, e de framboesa (sem glúten).

© Ramen Station

Onde: Tv. Do Vintém das Escolas, 1A e Campo Pequeno, 2, ambos em Lisboa.
Quando: Benfica – à sexta-feira e sábado, das 12h às 15h30 e das 19h às 22h30; quinta-feira, domingo e segunda, 12h às 15h e das 19h às 22h; Campo Pequeno – quinta a segunda-feira, das 12h às 15h e das 19h às 23h; sábado e domingo, o almoço é até às 15h30.

Catch me

A inspiração para o nome do restaurante vem do filme Apanha-me se Puderes (Catch Me If You Can, no original), de Steven Spielberg, e de facto apanhou-nos pelo paladar! Ao lado do Museu de Arte Antiga, com uma vista incrível para o Tejo, este restaurante nasceu no lugar do Le Chat e aposta nos almoços e nos jantares com uma carta completa pensada pelo chef Lucas Aaron. Além da decoração renovada, é na verdade na cozinha que o Catch Me pretende marcar a diferença, através de uma viagem pelos quatro cantos do mundo, sempre com um toque português e produtos locais.

© Catch Me

Para quem deseja uma experiência gastronómica completa, as opções do Catch Me vão desde o ceviche de corvina do Tejo ao bacalhau à lagareiro, passando por clássicos como o frank’s burger ou o arroz de pato malandro. Ao balcão servem-se também excelentes cocktails. A nossa sugestão vai para o schrub me baby! com um toque de morango, baunilha e sumo de lima.

© Catch Me

Onde: Jardim 9 de Abril, 1200-736 Lisboa.
Quando: Aberto todos os dias da semana; domingo a quinta-feira, das 12h30 à 01h00, e sexta-feira a sábado, das 12h30 às 02h00.

A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº 295, janeiro de 2025.

Últimos