5 restaurantes de comida portuguesa que tem de conhecer

E se lhe dissermos que pode comer um arroz de polvo, um bitoque com ovo, um bacalhau com natas, croquetes, uma francesinha e um pastel de nata num restaurante vegano? E, sim, estamos a falar muito a sério, só tem de ir ao A Minha Avó, na zona do Parque Eduardo VII, em Lisboa. Acredite que não vai ficar desiludida, porque o sabor e as texturas estão lá todos, apesar de não se usar nenhum tipo de produto de origem animal. O conceito de recriar as receitas tradicionais em opções veganas nasceu pela mão de Gustavo Grilo e Pedro Mourarias, os proprietários.

Amigos de longa data, tornaram-se vegetarianos em 2018 e depressa perceberam a dificuldade da sua decisão num meio ainda pouco habituado a este tipo de alimentação. “No A Minha Avó, ninguém fica de fora nos jantares de grupo”, afirmam. “Queremos ser uma opção para qué”. O objetivo foi concretizado, pois grande parte dos seus clientes fazem parte deste segundo grupo. A chef  Carina Monteiro, vegana, que prontamente aceitou o desafio proposto, faz da sua cozinha um laboratório de experimentação e conta-nos alguns segredos: “Por exemplo, no arroz de polvo, o sabor a mar vem das algas; no bitoque, o molho inglês dá aquele sabor característico e o ‘bife’ é cozinhado lentamente”. Todos os dias, há um menu de almoço, com pratos diferentes dos da carta.

Onde: Av. António Augusto Aguiar, 74B, Lisboa.
Quando: De terça a domingo, das 12 às 15h e das 19 às 23h.

Em plena Praça do Munícipio, em Lisboa, na qual tem uma esplanada, o Delfina – Cantina Portuguesa tem uma nova carta, mas mantém a tradição do receituário nacional. À frente da cozinha está a chef Carla Sousa, também ela uma guardiã da comida portuguesa, à qual lhe dá o seu “toque pessoal”, como nos diz. “Aproveitar ao máximo os ingredientes e respeitar a sua sazonalidade” são outros dos distintivos da sua cozinha. “Ao desenvolver este novo menu, o objetivo principal foi criar pratos que despertem vontade de regressar. Quero que cada pessoa que venha ao Delfina se sinta acolhida pela familiaridade dos sabores, como se estivesse a desfrutar de uma refeição caseira”, sublinha a chef.

Torricado de polvo assado (8€); chamuças de queijo de cabra (9€), gambas na frigideira (14€) são algumas das entradas da carta. Já nos pratos principais, destacam-se a posta de atum na grelha com couve-portuguesa, molho de mostarda e esmagada de batata-doce (24€) e a barriga de leitão confitada no forno com puré aveludado de couve-flor assada, molho de laranja e batatas chips (19€). O bolo de chocolate 70% cacau sem farinha (6€) é a melhor forma de terminar o jantar.

Onde: Pç. do Município, 23, Lisboa.
Quando: Todos os dias, das 12h às 23h.

A aposta na gastronomia portuguesa é a grande novidade do novo menu do restaurante do hotel Hyatt Regency, em Lisboa, embora também se mantenham alguns pratos de outras latitudes. A carta Bistrô Português segue o conceito de partilha e tem opções como as ostras com vinagrete (9€), as gambas à guilho (17€), o pica-pau do lombo (19€) para começar da melhor maneira a refeição, que pode ser culminada com, por exemplo, um arroz de polvo (27€). “No Viseversa, a nossa ideia é proporcionar uma experiência onde entre amigos ou família se podem reunir para partilhar não apenas uma refeição, mas também sabores e histórias. Queremos dar a conhecer aos lisboetas e aos nossos hóspedes o que de melhor temos na nossa gastronomia”, refere Tiago Silva, chef executivo do Viseversa.

Onde: Hyatt Regency Lisbon, R. da Junqueira, 63, Lisboa.
Quando: Todos os dias, das 12h às 15h e das 18h às 23h.

Situado no Campo Pequeno, em Lisboa, o Mesa do Bairro está a celebrar 9 anos de boa comida portuguesa. A chefiar a cozinha está, desde o início, o chef Sebastião Vasconcelos, que confirma que “a tradição gastronómica portuguesa é a base de tudo o que que aqui se faz”. Crocante de sapateira (11€, 3 unidades), peixinhos da horta com maionese de coentros (7,60€) e filetes de peixe-galo com arroz de amêijoas (17,50€) são alguns dos pratos de maior sucesso neste restaurante, que tem um terraço com esplanada. Mas, um conselho, não saia de lá sem provar o leitão à Mesa do Bairro – terrina de leitão desfiado com pele crocante, batata em chip, salada mista e molho de pimenta-preta (16,50€), uma forma diferente de comer um prato tão português e que nos leva à Bairrada mesmo sem sairmos de Lisboa. No piso inferior, existe uma garrafeira, onde os clientes podem comprar vinho e até levá-lo para o restaurante, sendo que neste será cobrada apenas taxa de rolha.

Onde: Rua Reis Gomes, 10, Lisboa.
Quando: Todos os dias, das 12h30 às 15h e das 19h30 às 23h.

Produtos e tradições alentejanas são os ingredientes principais da Merceria Gadanha, que colocou Estremoz no mapa da gastronomia portuguesa. Começou em 2009, como o nome indica, por ser uma mercearia onde era possível degustar os produtos que lá se podiam comprar, mas, 4 anos depois, Michele Marques, a proprietária e chef, percebeu que poderia e deveria ir mais além. Desde aí, no restaurante serve pratos tradicionais aos quais junta o seu cunho pessoal e as técnicas e apresentação contemporâneas. A ementa é toda ela uma perdição, mas prove os croquetes de borrego com maionese de allho assado (14,90€); os pastéis de cação (16,50€) que, mal se trincam, lembram a sopa de cação, e as codornizes fritas em azeite e ervas aromáticas (16,50€). Nas sobremesas ganha a original maçã e poejos (14,50€).

Onde: Lg. Dragões de Olivença 84, Estremoz.
Quando: De quarta-feira a domingo, das 12h às 15h e das 19h às 23h.