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5 restaurantes que tem de provar em novembro

5 restaurantes que tem de provar em novembro

Ao sentar-se à mesa destes restaurantes, não vai só deliciar-se com boa comida, vai também mergulhar numa verdadeira experiência gastronómica.

Por Nov. 21. 2024

A conhecer: um restaurante onde se come completamente às escuras, um com vista para a ria Formosa, outro com um novo menu de almoço recheado de dim sum, um cujo menu foi criado a pensar na partilha e, por fim, um que trabalha o peixe e o marisco de forma inovadora.

Descubra as nossas sugestões de novembro.

Restaurantes a conhecer em novembro

  • Playa

    Playa

    Com vista para a ria Formosa, na marina de Olhão, o Playa é um restaurante e bar que foi buscar a inspiração à América Latina para a carta, mas dá destaque aos bons produtos locais. “Queríamos um espaço cosmopolita, diferente do que já existia cá e, como eu e o meu marido vivemos no Brasil e nos Estados Unidos da América, pensámos em revisitar o conceito de taquería, alargando a carta aos ceviches, tábuas de carne, de marisco e de peixe, que se juntam assim aos tacos, quesadillas, tostadas e burritos”, explica Paula Reis, uma das proprietárias do espaço e que nos últimos anos se apaixonou pela calma de Olhão, da ria e das ilhas ali em volta.

     

    Além dos ingredientes, o Algarve está muito presente na decoração, onde se destacam os candeeiros de palma. A quesadilla de camarão (10,90€) e os tacos surf & turf (14,5€) são boas sugestões para começar a refeição, mas é quase obrigatório, depois, partilhar uma tábua, caso da parrilla Playa (striploin e flat iron de angus uruguaio, com batata frita caseira e salada, 49€). Para terminar, em beleza, sugerimos os churros com doce de leite e chocolate (6€).

    A partir das 22h30, o Playa ganha a atmosfera de bar e os cocktails são os reis da festa.

     

    Onde: Marina Ria Center, Av. 5 de Outubro, Lojas 9 e 10, Olhão.
    Quando: De terça a sábado, das 12h às 2h (o restaurante encerra às 22h); ao domingo, das 12h às 18h.

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  • JNcQUOI Frou Frou

    JNcQUOI Frou Frou

    O primeiro aniversário do JNcQUOI Frou Frou foi celebrado com uma grande novidade: agora, o restaurante cantonês abre também ao almoço com um menu de dim sum (45€, inclui também a sobremesa, chá e água). A refeição começa com o couvert e com hóstias de camarão com molho de ameixa. Depois, começa um autêntico desfile de dim sums cozinhados a vapor e fritos, que circulam na sala num tradicional carrinho cantonês pensado para o efeito e que nos leva de imediato para a China.

     

    Todos os dias o chef Mário Esteves, que lidera a cozinha do Frou Frou e do JNcQUOI Asia, seleciona vários dim sums (podem ser de camarão, peixe, frango, cogumelos, rabo de boi, pato, entre muitos outros) para supreeender os comensais. Um refrescante sundae especial com base de kulfi (gelado indiano) põe fim ao almoço.

     

    De dia, o ambiente do restaurante é completamente diferente do vivido à noite, pois é brindado com luz natural, mas isso não retira brilho à decoração inspirada nos loucos anos 20 na China underground. O que também se mantém é a experiência de som imersiva, que proporciona uma sensação de estar dentro de uma bolha acústica.

     

    Onde: Avenida da Liberdade, 144 Lisboa.
    Quando: Todos os dias das 12h às 16h.

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  • Dans Le Noir?

    Dans Le Noir?

    Um restaurante onde se come completamente às escuras é a proposta mais recente do Sheraton Lisboa Hotel & Spa, que conta com a parceria do projeto que nasceu em França em 2004 e ao qual foi dado o nome de Dans Le Noir?, que tem como missão a inclusão social de pessoas invisuais. Para entrar na sala é-nos pedido para formar uma fila e pôr a mão no ombro da pessoa da frente; a guiar-nos está o João, que irá servir a nossa mesa. Trabalha em recursos humanos e decidiu fazer a formação do Dans Le Noir?, para aprender algo novo. Não se vê mesmo nada e os outros sentidos ganham expressão.

     

    Os pratos vão chegando à mesa (o menu é composto por entrada, prato principal e sobremesa, 55€ ou 69€, com harmonização de vinhos) e nem tudo o que parece é. Sem a visão, parece que deixamos de conhecer alguns alimentos. “O mais importante é focarmo-nos nos sabores, para que eles agucem o paladar, e respeitar os tamanhos das porções, o formato, a textura e o sabor dos alimentos. Os pratos têm de ser bons, bonitos e saborosos”, diz Valdir Ramos, chef executivo do Sheraton. Os pratos só são desvendados no final do jantar. “Normalmente, 80% da experiência de comer faz-se com a visão, mas aqui é o contrário. Os clientes sentem-se desafiados a adivinhar o que estão a comer e a falarem com quem está à sua volta”, refere Alexandra Moreaux, a gerente do Dans Le Noir?, Lisboa. Já Thierry Henrot, diretor-geral do hotel, realça que esta aposta “está de acordo com a política de responsabilidade do hotel, mas também com a vontade de criar emoção nos clientes”.

     

    Onde: Sheraton Lisboa, R. Latino Coelho, 1, Lisboa.
    Quando: De quinta-feira a sábado, às 19h30.

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  • L’Egoiste

    L’Egoiste

    Poderíamos manter em segredo o novo L’Egoíste, mas não somos egoístas. E, na verdade, o próprio restaurante do Renaissance Porto Lapa Hotel também não quer que o sejamos, mesmo à mesa. Apesar do nome, há um apelo à partilha que percorre a carta, inspirada no receituário português, com um toque de criatividade e uma brisa dos quatro cantos do mundo. Logo nas entradas, há croquetes de rabo de boi e maionese de trufa (10€) para dividir entre amigos, assim como uma homenagem à indústria conserveira nacional, materializada numa cavala picante com puré de cenoura e caril e picles caseiros (17€).

     

    De seguida, viaje pelas memórias de infância do chef executivo Duarte Batista com a ajuda do prato No Reino dos Míscaros (26€) ou aproveite que está na cidade Invicta para provar uma francesinha (22€) diferente de todas as que conhece. Esta é, contrariamente à tradicional, crocante e rica em sabor, com notas fumadas e a malte. Para terminar, as atenções desdobram-se entre as propostas do chef pasteleiro Ricardo Tiago, cuja irreverência tomou conta de clássicos como o abade de priscos (10€), os japoneses mochis (a partir de 8€) ou os italianos cannoli (a partir de 9€), que aqui ganham recheios brasileiros, angolanos, goeses e são-tomenses.

     

    Onde: Renaissance Porto Lapa Hotel, R. de Cervantes, 169., Porto.
    Quando: Todos os dias, das 11h às 23h.

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  • Le Bleu – Fish Bar

    Le Bleu – Fish Bar

    O novo restaurante do chef Kiko Martins, localizado em Campo de Ourique, é dedicado ao peixe e marisco e, como o próprio nos diz, “tem um cunho muito pessoal”. “Pesquisei muito e quis trazer ideias originais. Não queria trazer para aqui algo que já tivesse feito. É uma cozinha muito trabalhada e muito pensada”, continua o chef, que afirma que a técnica é um elemento preponderante da cozinha do Le Bleu.

     

    O pastel de nata de enguia fumada com um sal de alcaparras (5,80€); a sanduíche de barriga de atum que, em vez de pão, leva suspiro, ovo de codorniz e alface-iceberg, o polvo e enguia no carvão, que é mais um truque de Kiko Martins e é comestível (28,6€); o nigiri de lírio, no qual o arroz é substituído por um marshmallow cuja base é um caldo de dashi (8,40€); e o Wellington onde a carne foi substituída por pregado, camarão Black Tiger e espinafres, envoltos na típica massa estaladiça, são um bom exemplo do que o chef faz nesta cozinha: “Trabalho o peixe de forma diferente”, confirma.

     

    Onde: R. Saraiva de Carvalho, 131, Lisboa.
    Quando: Todos os dias, das 19h às 23h; sexta e sábado, também, das 12h às 15h.

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A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº 293, novembro de 2024.
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