Alopécia. Como saber se estamos a perder cabelo a mais?
É também chamada de calvície e existem tratamentos eficazes em que pode investir. Conheça as características da alopécia.
É um verdadeiro pesadelo pensar que a perda de cabelo pode vir a ser uma realidade numa certa altura da vida. Porém, há alguns sintomas a que pode estar atenta, denunciadores desta situação que afeta, naturalmente, a autoestima de mulheres e homens.
É importante começar por alertar: “A alopécia não é uma doença”, diz-nos Rui Oliveira Soares, dermatologista no Hospital CUF Descobertas. “É o termo para designar falta de cabelo. Esta falta pode ser determinada por uma infinidade de problemas diferentes”. E diferencia-se da queda de cabelo sazonal.
Há dois tipos de alopécia
• Alopécia androgenética. É também conhecida como calvíce e desenvolve-se através de um processo gradual que começa pela perda de espessura dos fios capilares. Evolui até à perda de cabelo na zona junto à testa e vai percorrendo o resto da cabeça.
• Alopécia areata. Pode estar muitas vezes associadas a traumas, stresse e a problemas emocionais. Neste caso, a alopécia areata desenvolve-se de forma muito mais rápida e mais visível, podendo até formar falhas de cabelo por toda a cabeça. A sua evolução pode também chegar ao resto do corpo, como sobrancelhas e barba.
Sinais e causas de alopécia
A perda de cabelo pode manifestar-se muito mais cedo do que imagina, na verdade. “Pode surgir logo após a puberdade, embora felizmente não seja o mais comum. O mais frequente é revelar-se durante a idade adulta, e pode ter agravamento após a menopausa”, revela o dermatologista.
A causa da cálvice nada tem a ver com os produtos que usa, com alimentação ou estilo de vida. A sua causa é a predisposição genética. Segundo Rui Oliveira Soares, se tiver estes sinais, deve consultar um especialista:
• Perda de densidade ou queda exagerada de cabelo (comparada ao normal, na mesma altura do ano);
• Alterações da pele do couro cabeludo (vermelhidão, escamação ou sinais novos);
• Dor;
• Ardor;
• Comichão;
• Alterações de sensibilidade.
Os tratamentos possíveis
Parece que a cura para a cálvice parece estar mais perto do que esperávamos. Uma investigação conduzida pelo Instituto Sanford Burnham Prebys Medical Discovery, na Califórnia, EUA, garante estar perto da cura deste problema, depois de os investigadores terem feito experiências com células estaminais humanas em ratos.
A descoberta não só resultou nos animais como os cientistas acreditam que este método pode ser replicado nos seres humanos.
Enquanto a cura não for descoberta, há alguns tratamentos que surtem efeito. O especialista aconselha:
• Por via tópica, minoxidil;
• Por via oral, finasterida e dutasterida;
• Em casos pontuais, minoxidil por via oral, espironolactona ou flutamida;
• Transplante de cabelo, indicado sobretudo às formas com grande perda de densidade na zona anterior do couro cabeludo. Rui Oliveira Soares garante que “funciona bastante bem”.