Um ataque de pânico é “um episódio de medo intenso de morrer ou perder o controlo, associado a uma sensação de perigo iminente que pode durar aproximadamente 20 minutos”, explica Chantal Feron, psicóloga clínica no Hospital CUF Infante Santo e na Clínica CUF Miraflores.
É um momento de alta tensão, onde a ansiedade se apodera da razão e gera uma série de sentimentos extremos.
Como podemos auxiliar um amigo ou um familiar a controlar os sinais impulsivos que o cérebro envia nestes momentos? Depois de explicar o que é, os sintomas e como controlar e tratar esta perturbação, a psicóloga clínica revelou-nos as técnicas a pôr em prática para ajudar alguém que sofra um ataque de pânico.
7 passos para ajudar alguém em caso de ataque de pânico
Antes de tudo, “pergunte se a pessoa sabe o que se está a passar. Se lhe responder que não sabe, procure assistência médica de urgência porque os sintomas de um ataque de pânico são similares aos de um enfarte”, adverte Chantal Feron.
Contudo, se a pessoa for consciente em relação ao que está a acontecer e revelar que tem um tem uma perturbação de pânico, há várias formas que podem ajudar a reduzir as ansiedades experienciadas.
1. Pergunte se pretende ir para o hospital;
2. Fique com a pessoa até chegar ajuda médica ou até se encontrar mais calma;
3. Evite frases como: “acalme-se” ou “isso não é nada, já passa”. Em vez disso, pergunte o que a pessoa precisa, relembre que a sintomatologia é intensa mas que tem um tempo de duração, que não se morre de um ataque de pânico e que é importante fazer uma respiração diafragmática;
4. Relembre a importância da aceitação. Aceitar que está a ter um ataque de pânico, que este tem um início e um fim, mesmo que o tempo de duração varie;
5. Peça para não lutar contra o pânico pois só irá aumentar a duração e intensidade. Proponha a realização da respiração diafragmática;
6. Se aceitar, peça para respirar devagar, pelo nariz e em três tempos, contando até três e expandindo a barriga enquanto conta. Depois, peça para soltar o ar pela boca lentamente no dobro do tempo, contando até seis enquanto encolhe a barriga. Para este exercício pode sentar-se em frente à pessoa, dar-lhe as mãos e reforçar o ritmo da respiração apertando as mãos enquanto inspira e conta até três, e desapertando enquanto expira e conta até seis;
7. O contacto pode dar segurança.
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