O café é uma das melhores bebidas para proteger a saúde cardiovascular, diz novo estudo

Afinal, beber café tem mesmo muito mais benefícios do que pensávamos. Uma nova investigação que juntou os dados de quase meio milhão de pessoas garante que o café faz mesmo bem à saúde.

Por Set. 11. 2021

Se acordar cedo é penoso e o café atua como um colete salva-vidas, então há boas notícias, que envolvem a sua saúde cardiovascular, para si. Têm sido muitos os estudos já feitos sobre o impacto do café no organismo, mas este é possivelmente o mais profundo.

“Este é o maior estudo a avaliar sistematicamente os efeitos cardiovasculares que o consumo regular de café tem numa população sem doenças cardíacas diagnosticadas”, disse a autora principal, Judit Simon, do Centro Cardíaco e Vascular da Hungria.

É o maior estudo porque envolveu a análise dos hábitos alimentares de 469 mil pessoas – os dados foram recebidos através da base de dados da UK Biobank e a idade média dos participantes compreendia os 56 anos, sendo que 55,8% eram mulheres.

Acontece que esta investigação apresentada na Sociedade de Cardiologia Europeia conseguiu dados relevantes e curiosos sobre o consumo de café, nomeadamente que este ajuda a reduzir o risco de morte precoce causada por doenças cardiovasculares e AVC.

Em comparação com os participantes que não bebiam café regularmente, os consumidores diários tinham corações de tamanho mais saudável – Judit Simon

Os cientistas observaram que meia chávena de café a três chávenas por dia “estavam independentemente associadas a menores riscos de AVC, morte por doença cardiovascular e morte por qualquer causa”.

Os participantes que consumiam estas quantidades de café apresentavam menos 12% de risco de morte precoce, independentemente da idade, e 21% de menos risco de ter um acidente vascular cerebral.

Para obter estes dados, a equipa de Judit Simon fez ressonâncias magnéticas a 30 mil participantes. “Esta análise indicou que, em comparação com os participantes que não bebiam café regularmente, os consumidores diários tinham corações de tamanho mais saudável e funcionavam melhor. Isso teve impacto na reversão dos efeitos prejudiciais do envelhecimento sobre o coração”, afirmou a autora.

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