Saúde

Dormir a sesta não é sinal de preguiça, é bom para o coração

Um novo estudo refere que quem dorme sestas tem mais hipóteses de ter uma boa saúde cardíaca do que quem não dorme. Afinal, já há desculpas para fazer esta pausa a meio da tarde.

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Dormir a sesta não é sinal de preguiça, é bom para o coração Dormir a sesta não é sinal de preguiça, é bom para o coração
© Getty Images
Marta Chaves
Escrito por
Out. 17, 2019

Quantas vezes já não foi chamada de preguiçosa por gostar de dormir uma ou duas horas durante a tarde? Eu já, inúmeras vezes. Pela família, namorado, etcétera, mas, honestamente, pouco me importa.

A única falha de adorar fazer sestas é não o poder fazer no local de trabalho. E se acha isto descabido, veja o exemplo de empresas como a Ben & Jerry’s, a Nike ou a Google, que têm salas próprias para que os funcionários possam descansar durante o dia. O objetivo? Aumentar a produtividade, criando um ambiente feliz e tranquilo para os seus trabalhadores.

Parece que esta visão ainda é uma utopia para Portugal. Aqui, infelizmente, falamos constantemente de burnouts, de millennials que não aguentam o stresse extremo da vida profissional, e de soluções para poder relaxar de situações de ansiedade. Enquanto fazemos troça das sestas a meio do dia, damos-lhe mais uma razão para fazê-las – pelo menos aos fins de semana.

É por isto que se deve fazer a sesta

O estudo em questão foi publicado na revista Heart e analisou durante cinco anos os padrões de sono e incidências de ataque cardíaco de quase 3500 residentes da Universidade do Hospital de Lausanne, Suíça.

A conclusão foi surpreendente. Os participantes que dormiam sestas uma ou duas vezes por semana reduziram para metade o risco de ter um ataque cardíaco, um AVC ou insuficiência cardíaca.

Porém, o estudo também refere que sestas a mais podem não ser benéficas. Quem faz de três a sete por semana, tem mais probabilidade de se sentir cansado e exausto tanto de dia como perto da hora de dormir. Por outro lado, o estudo mostrou também que fazer mais sestas não é sinónimo de um menor risco de problemas cardíacos.

Quanto ao tempo da sesta, também foi descoberto ser irrelevante. As pessoas que faziam sestas duas vezes por semana, independentemente de dormirem cinco minutos ou cinco horas, conseguiam reduzir as chances de desenvolver doenças cardiovasculares.

Depois disto, vai fazer ainda mais sestas?

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