Ser adulto parece ser, muitas vezes, sinónimo de estar cansado. Como se, a partir do momento em que nos tornamos maiores de idade, os níveis de energia não pudessem ultrapassar (com sorte) os 20%.
Porém, quando esta fadiga persiste, devemos estar especialmente atentos, uma vez que, nestes casos, o nosso corpo pode estar a tentar dizer-nos alguma coisa. Portanto, devemos ouvi-lo com cuidado.
Existem várias possibilidades por trás deste cansaço constante. Por norma, estão relacionados com o nosso dia a dia ou a alimentação, mas vamos mais ao fundo da questão.
Porque estou sempre cansada?
Não está a dormir bem ou o suficiente
Apesar de óbvia, não podíamos deixar de recordar a importância de uma boa noite de sono. Mais do que dormir as 7 a 9 horas recomendadas para um adulto, por dia, é fulcral que descanse com qualidade.
Para isso, de acordo com o Serviço Nacional de Saúde deve tentar:
• Ter um horário regular do sono, deitando-se e levantando-se sempre à mesma hora;
• Evitar tabaco, bebidas alcoólicas ou com cafeína, a partir do final da tarde;
• Praticar exercício físico regular, idealmente de manhã ou pela hora de almoço;
• Fazer refeições ligeiras à noite e não comer perto da hora de dormir;
• Criar boas condições para o repouso: desde manter a temperatura adequada a pouca luz e sem ruído.
Não se está a alimentar bem
Mesmo que esteja a dormir horas suficientes e a atingir um sono profundo durante a noite, poderá sentir-se cansada se tiver défice de algum nutriente. Claro que não falamos de níveis baixos qualquer um – apenas dos que estão, de alguma forma, relacionados com a fadiga.
São eles:
• Ferro;
• Vitamina D;
• Vitaminas B12, B2, B3, B5, B6 ou B9;
• Vitamina C;
• Magnésio.
De forma a garantir que os mantém nos limites indicados, faça uma alimentação equilibrada e saudável, incluindo alimentos repletos nestes nutrientes.
Além disso, peça ao seu médico para fazer análises com alguma frequência, especialmente se seguir uma dieta vegetariana ou vegan.
Está verdadeiramente stressada
Quando temos uma apresentação ou uma reunião importante, é normal sentirmo-nos stressados. É uma resposta normativa a situações que consideramos relevantes para o nosso percurso profissional ou a nossa vida no geral.
Contudo, quando este stresse passa a ser frequente, afeta o nosso quotidiano e os níveis de descanso.
“O stresse crónico pode causar mudanças estruturais e funcionais no nosso cérebro e levar a uma inflamação crónica, o que pode contribuir para sintomas como fadiga”, é explicado pela Healthline.
Além disso, pode contribuir para uma maior dificuldade na hora de ir para a cama. “Sob stresse, tendemos a produzir mais cortisol. Esta hormona é muito útil para despertar ações, mas, antes de dormir, aumenta os níveis de excitação numa altura em que precisamos de relaxar”, clarificou Sophie Bostock, especialista do sono, à edição britânica da Glamour.
Deste modo, “demoramos mais a adormecer e, como o sono é mais leve, acordamos mais facilmente com ruídos, movimento ou mudanças na temperatura”, acrescentou.
Pode estar com uma depressão
Todos somos diferentes – não é preciso relembrar. Todavia, embora os sintomas variem de pessoa para pessoa, é comum haver uma falta de interesse em atividades que normalmente nos deixavam felizes ou mesmo uma sensação de perda de energia quando temos uma depressão.
Por isso, procure um profissional de saúde – psicoterapeuta e/ou psiquiatra – e procure ir ao cerne da questão que está a colocar em causa a sua saúde mental.
Bebe demasiado café
Existem dois tipos de pessoas: as que gostam de manhãs e preferem acordar cedo para serem produtivas e as que se puderem acordar todos os dias às 15 horas seriam (mais) felizes.
Por isso, quando este último grupo tem de se levantar para ir para o trabalho, pega instantaneamente na chávena do café para despertar.
No entanto, ainda que as bebidas energéticas ou com cafeína nos deem um boost de energia rápido, ao confiarmos sempre nesta fonte para nos manter acordados, “faz com que fiquemos mais cansados no dia seguinte”, salienta a Healthline.
“Beber demasiado café está relacionado com um aumento de preocupações durante a noite, sonolência, um número superior de momentos acordados durante a noite e diminuição do tempo total de sono”, refere a publicação.
Sendo assim, talvez seja melhor diminuir a dose ao longo do dia e garantir que dorme descansada.
