Chega à noite cansada, mas chega à cama e não consegue adormecer. É ainda possível que as noites mal dormidas sejam mais frequentes. A situação é comum e acontece a mais pessoas do que o esperado. Na verdade, há uma razão para isto.
Foi publicado um estudo na Neurobiology of Aging, da Universidade de Kent, no Reino Unido, que mostra que uma estrutura no cérebro (de nome núcleo supraquiasmático) torna-se mais sensível à luz à medida que envelhecemos. Esta zona do cérebro controla o nosso ritmo circadiano, responsável pelo tempo que estamos acordados e a dormir.
A razão de sentir dificuldade em adormecer
A investigação, levada a cabo pelo Dr. Gurprit Lall, descobriu que a eficácia de um neurotransmissor para transmitir as informações de luz que recebemos ao longo do dia e redefinir o ritmo circadiano diminui à medida que o cérebro envelhece.
Este neurotransmissor vai-se alterando ao longo do tempo e acaba por ser responsável pelo declínio da resposta à luz. Por outras palavras, se ficamos com pouca sensibilidade à luz, isto afeta a capacidade de nos cansarmos à noite, quando já está mais escuro. Daí sentirmos mais dificuldade em adormecer e estarmos mais despertas.
Os esforços para dormir terão de ser, assim, reforçados. À noite, afaste-se dos gadgets, tenha a certeza de que não há luz no quarto, fique confortável (atenção à temperatura do ambiente!) e obrigue-se a relaxar. Ouvir música com o volume baixo ou beber um chá antes de dormir podem também ajudar a descontrair.
Os investigadores estão agora à procura de tratamentos que ajudem a restabelecer o ritmo circadiano.
Costuma sentir dificuldade em adormecer? Saiba ainda se precisamos de dormir oito horas.
