“Todas as mulheres têm sintomas pré-menstruais (SPM), principalmente as que não tomam a pílula”, afirma António França Martins, ginecologista. Algumas têm graus de síndrome pré menstrual mais intenso, mas o especialista assegura serem uma minoria.
Afinal, quais são os sintomas mais comuns? Conheça-os.
Causas e sintomas comuns do síndrome pré-menstrual
Testosterona, a culpada
Esta hormona é segregada pelos ovários da mulher e é a principal responsável pela síndrome pré-menstrual. Segundo o ginecologista António França Martins, na segunda metade do ciclo menstrual os níveis de testosterona disparam, provocando as familiares manifestações físicas e emocionais.
Retenção de líquidos
De acordo com o especialista, “a testosterona tem uma particularidade: retém água”. Por isso é que entre a ovulação e a menstruação nos sentimos mais inchadas. “Essa água distribui-se pelo corpo todo, fazendo com que as mamas aumentem e as calças não apertem tão bem”, esclarece.
Maleabilidade emocional
Chorar ao mínimo estímulo ou até sem motivo aparente e sentir falta de paciência para coisas que em circunstâncias normais não teriam significado, são os sinais mais frequentes de SPM.
No entanto, em casos mais agudos, “esta disfunção do ponto de vista emocional pode dar para agredir”, adianta António França Martins. O especialista sugere que tentemos exercer algum autocontrolo sobre as nossas emoções, sem atribuirmos demasiada importância às alterações.
Sinais físicos
“Às vezes, a síndrome pré-menstrual dura uma semana”, declara o ginecologista. Nesse espaço de tempo, podem aparecer uma série de sintomas. Entre eles, dores de cabeça, fraca disposição sexual, mal-estar abdominal, vontade de urinar com mais frequência. Sem falar na borbulha que aparece, sem falha, sempre na mesma zona do nosso rosto.
Há controlo e cura para a síndrome pré-menstrual?
Temos boas e más notícias. Curiosamente, a SPM “piora com a idade, é progressiva”, revela o ginecologista António França Martins. Mas tem cura. Nas palavras do especialista: “Tudo passa com a menopausa!”. Até lá, se os sintomas afetam a sua vida pessoal ou profissional, consulte o seu ginecologista. É provável que este recomende um tratamento com a pílula.
“Há pessoas que precisam de fazer a pílula contínua para evitar as dores de cabeça provocadas pela pausa dos sete dias”, exemplifica António França Martins. Por outro lado, se fizer muita retenção de líquidos, talvez o especialista aconselhe um diurético para ajudar a combater a sensação de inchaço.