Sexo

Crónica. Porquê usar dildos e vibradores?

Aprenda a Saber Viver sem tabus. Todos os meses, a sexóloga Vânia Beliz promete falar abertamente sobre sexualidade, com o propósito de desmistificar questões associadas ao sexo e à intimidade, e para a fazer pensar e refletir sobre temas que podem, mesmo, mudar a sua vida.

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Crónica. Porquê usar dildos e vibradores? Crónica. Porquê usar dildos e vibradores?
© Getty Images
Vânia Beliz, cronista
Escrito por
Set. 16, 2020

Muitas mulheres perguntam como devem escolher o brinquedo certo com esperança de aumentar o seu prazer. Hoje, existem no mercado inúmeros estimuladores que podem fazer muito pela nossa excitação.

Antes de se lançar à procura é importante que tenha conhecimento sobre a sua forma de chegar ao prazer.

A maior parte das mulheres tem dificuldade em atingir o orgasmo apenas com a penetração. Algumas dizem que não sentem nada, lubrificam muito e ou não têm mesmo tonicidade para sentir o pénis.

A entrada da vagina parece ter mais sensibilidade do que o resto do canal, mas uma estimulação mais intensa pode fazer muita diferença para que consiga atingir o orgasmo com penetração.

Isto acontece porque existem muitas estruturas dentro da vagina que, quando devidamente estimuladas, podem proporcionar muito prazer.

Ter um brinquedo sexual não é sinónimo de estar insatisfeita com a sua intimidade. É uma estimulação e um caminho de descoberta
Vânia Beliz Vânia Beliz

Para as mulheres que privilegiam a parte externa no clitóris – sim, também temos uma parte interna que fica dentro da vagina -, a opção pode ser um estimulador mais pequeno, que servirá para externamente estimular o clitóris (sempre com a ajuda de um lubrificante).

Para as mulheres que gostam de penetração, o mercado oferece uma variedade gigantesca de vibradores e de dildos.

Hoje em dia já pode trazer o seu brinquedo do supermercado ou até comprá-lo na farmácia mais próxima.

Existem de muitos tamanhos, formas – mais ou menos realistas – à prova de água, com carregamento USB, a pilhas, aquecidos, com memória, que vibram, pulsam e até ativados à distância (mesmo se estiver noutro país). Ofertas não faltam!

© Unsplash

Ter um vibrador ou um dildo não é sinónimo de estar insatisfeita com a sua intimidade. É uma estimulação e um caminho de descoberta.

Antigamente eram anunciados como “consoladores“ das solteiras ou das insatisfeitas. Hoje, um vibrador pode e deve ser também uma forma de excitar o parceiro.

A utilização dos vibradores e dildos são também uma solução comum na resolução da dor durante a penetração, do vaginismo e treino da musculatura íntima
Vânia Beliz Vânia Beliz

Apesar de muitos homens não assumirem, a estimulação da zona do períneo e zona anal pode originar muito prazer e orgasmos mais intensos, por isso, o vibrador pode muito bem ser um bom aliado.

Ver a parceira usar um vibrador e assistir à forma como se toca também pode ser muito excitante e educativo.

Na hora de o guardar, não se esqueça de o lavar com um produto suave ou neutro e de retirar as pilhas ou baterias se o próximo encontro não for para breve.

Não se esqueça que não deve penetrar a vagina se ele já passou pelo ânus, de forma a evitar infeções, e se o partilhar use sempre um preservativo, pois os brinquedos também transmitem muitas infeções.

A utilização dos vibradores e dildos são também uma solução comum na resolução da dor durante a penetração, do vaginismo e treino da musculatura íntima. Só vantagens!

Agora que as férias chegaram ao fim e que se aproxima uma rotina agitada cheia de incertezas, aconselho-a a procurar no supermercado aquela prateleira especial e, sem vergonha, a levar um mimo para casa.

Aproveite para se conhecer e relaxar, sem medo e muito menos sem culpa.

Vânia Beliz licenciou-se em Psicóloga Clinica e da Saúde. Mestre em Sexologia e doutoranda em Estudos da Criança na especialidade de Saúde Infantil, participa em projetos no âmbito dos Programas de Educação para a Saúde (PES) e o Projeto de Educação Sexual “A viagem de Peludim”, para crianças. É autora do livro Ponto Quê?, sobre a sexualidade feminina, e de Chamar As Coisas Pelos Nomes, dirigido às famílias sobre como e quando falar sobre sexualidade.

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