A masturbação durante uma relação é normal e faz bem
Ter um parceiro é a morte anunciada da masturbação? Há um estudo que tem a resposta à pergunta que inquieta muitos casais pelo mundo.
A masturbação faz bem e recomenda-se. São vários os estudos que, ao longo dos anos, comprovaram que há vários benefícios associados ao ato de prazer individual. Além de ajudar a diminuir os sintomas de depressão e a dormir, também relaxa e desincha, faz bem ao coração e ainda fortalece o sistema imunitário.
O que provavelmente não sabia ainda é que a autoestimulação sexual é também impulsionadora das relações sexuais conjugais, aumentando o apetite e o prazer sexual. Mas vamos por partes.
Um ato individual pelo bem comum
A masturbação é uma importante etapa para o autoconhecimento, porque é através dela que conhecemos melhor o nosso corpo e descobrimos o que nos dá prazer e como. E é esse o ponto de partida do estudo levado a cabo pelo Journal of Sexual Medicine, que estudou os hábitos sexuais e de masturbação de uma amostra de 425 mulheres, das quais 61% estavam numa relação.
As conclusões mostraram que 91,5% das mulheres afirmaram masturbar-se enquanto numa relação. Quando questionadas acerca das razões pelas quais o fazem, as respostas foram diversificadas. Masturbam-se porque sentem desejo sexual, para aliviar o stresse ou simplesmente para relaxar, mas quase todas afirmaram fantasiar com o parceiro durante o ato.
Assim, masturbar-se mesmo estando comprometida não quer dizer que não haja desejo durante o ato sexual com o parceiro. Pelo contrário.
Este mesmo estudo mostra que, na verdade, as mulheres tendem a pensar nos parceiros enquanto o fazem e, por isso, a masturbação individual dentro de uma relação pode ser estimulante e benéfica para o casal, aumentando o prazer e o desejo.
Todos ficam a ganhar
Para Quintino Aires, “o espaço da criatividade no sexo é muito maior na masturbação quando se está sozinho”.
Contudo, o autor do livro A Hora do Sexo (Editorial Presença 2012) acredita que “na masturbação não está excluído o sexo feito a dois. Pode, e deve, ser feita a dois. É uma maneira de os homens e as mulheres aprenderem e descobrirem mais sobre a fisiologia e a anatomia dos parceiros.”
Abaixo os tabus
Outros dados retirados do mesmo estudo revelam que, das 95% participantes que afirmam estar familiarizadas com a masturbação, 26% afirmou faze-lo com alguma regularidade, pelo menos uma vez por semana, enquanto 27% confessa masturbar-se entre duas a três vezes por semana.
Mais, apenas 9% das mulheres afirmou preferir a masturbação ao sexo a dois, e das 5,5% que revelaram não se masturbar enquanto numa relação. Os motivos para tal prendem-se com tabus ainda existentes associados à masturbação feminina, tais como “sexo é para se fazer a dois”. Por isso, ou pela completa falta de desejo.
Então, ter um parceiro é a morte anunciada da masturbação? A reposta é: não, de todo. É importante apostar na autoestimulação sexual mesmo estando numa relação. Experimente e verá que a masturbação irá aumentar o seu (e o do seu parceiro) desejo e o prazer sexual no vale dos lençóis.