O sonho de Maya foi realizado, agora que o Guinness reconheceu este marco que entra para a história do surf mundial feminino. Mas não foi fácil.
Na verdade, mesmo depois de a onda ter sido medida oficialmente por um especialista em grandes ondas, a sua entrada para o livro do Guiness não foi imediata.
Como explica a surfista de 31 anos em vídeo, a WSL – World Surf League é a entidade responsável por estabelecer e registar todos os recordes da modalidade. Maya viajou até à sede da liga, em Los Angeles, EUA, para garantir que o seu marco era reconhecido. De lá saiu com uma resposta positiva, mas que não se efetivou.
Só meses mais tarde e depois de ter lançado uma petição (que angariou 12 mil assinaturas) viu finalmente o seu nome no grande livro, como a primeira recordista mundial feminina de ondas grandes.
A vida da surfista brasileira é, ela mesma, uma história de superação e resiliência. Há cinco anos, sofreu um grande acidente na Praia do Norte, a mesma agora lhe deu acesso ao Guiness. Maya ficou submersa com vários ferimentos, foi resgatada e quase perdeu a vida.
Três anos depois, estava de volta a surfar as grandes ondas da Nazaré. Sem nunca perder o medo, Maya Gabeira afirmou na altura ao site da Red Bull: “Estou na Nazaré desde o começo de outubro e só eu sei o que passei desde que eu cheguei. Muitas vezes não me restou outra saída a não ser chorar. Chorar de dor, de nervoso, de medo… mas foi tudo muito bom. Não mudaria nada do que fiz ou passei, porque tudo isto fez-me estar aqui, onde estou. E tudo valeu a pena. Muito a pena!”.
Conhecia a história de Maya? A recordista poderia poderia fazer parte deste livro com histórias inspiradoras de mulheres que mudaram o mundo.