Substituímos o ditado “ano novo, vida nova”, pelo lema “ano novo, vida melhorada”. Este ano, encorajamo-la a investir em si, na sua saúde (física e mental) e no seu bem-estar, e a melhorar alguns aspetos que precisam de um pequeno revamp.
Reunimos algumas das tendências de wellness que andam na boca dos peritos e dizemos-lhe quais são aquelas a que deve estar atenta se este é o ano em que quer ver nascer a melhor versão de si mesma.
Desde o HIIT, que parece ter vindo para ficar, ao jejum intermitente, passando pela diminuição do consumo de carne e pelas aulas de grupo em ginásios, conheça as verdadeiras trends de 2020 no que toca ao bem-estar.
6 tendências de fitness de que toda a gente está a falar
Exercício em casa
São várias as razões pelas quais uma pessoa pode preferir treinar em casa. A falta de tempo, o custo elevado de estar inscrita no ginásio e o conforto de poder fazer exercício na privacidade da nossa sala de estar são algumas delas (e são perfeitamente válidas).
Nuno Mendes, CEO da New Me e personal trainer, sugere “pedir ajuda a um especialista que saiba adaptar o treino às condicionantes de sua casa”.
Uma outra opção é recorrer a apps como a Nike Training Club ou a SWEAT. Como alternativa, existem inúmeros vídeos online, perfeitos para uma sessão privada de exercício.
HIIT
Ideal para quem tem pouco tempo para treinar, o HIIT (treino intervalado de alta intensidade) tem a vantagem de ser de curta duração ao mesmo tempo que permite gastar bastante energia e ajuda a tonificar.
Consiste em exercícios aeróbicos de intensidade elevada, intercalados com períodos de recuperação, e é um treino “motivador e muito desafiante”. No entanto, pode ter algumas desvantagens. Nuno diz que este tipo de treino “não é para todas as pessoas” e alerta para a possibilidade de “lesões, situações de fadiga extrema e, consequentemente, a desmotivação”. Como em (quase) tudo na vida, a palavra-chave é moderação.
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Treinos mais curtos
Existe um padrão claro nas tendências: as pessoas procuram treinos rápidos e eficientes, que possam introduzir nas suas rotinas atarefadas. O PT explica que “hoje em dia, vivemos numa sociedade altamente acelerada, rotativa, onde queremos que tudo seja rápido e intenso, e o fitness não foge à regra”.
Sim, esta tendência apenas evidencia o facto de os níveis de stresse estarem cada vez mais elevados e de nos sentirmos na obrigação de estabelecer prioridades (e, por vezes, a pôr de parte o nosso bem-estar), mas nós escolhemos ver o copo meio cheio. Otimizar o tempo de treino, tornando as nossas sessões de exercício mais curtas, mas igualmente eficientes? Sign us up!
Aulas de grupo
Já não são novidade, mas também não vão sair de cena. Aliás, as previsões dizem exatamente o contrário: para grande parte das pessoas, as aulas de grupo, em ginásios ou fitness clubs, são extremamente motivantes, devido à sua “componente lúdica através da música e das dinâmicas de grupo criadas pelo programa de treino ou instrutor”, e podem mesmo chegar a ser divertidas (sim, fazer exercício pode ser divertido!).
Yoga e Pilates
Estas modalidades têm vindo a ter cada vez mais aderência, quer seja pela necessidade de relaxar a mente e alongar os músculos ao final de um dia de trabalho, quer pela sua vertente mais espiritual. Tanto o yoga como o pilates são “disciplinas onde a componente postural, o controlo da respiração e o trabalho de força são feitos através de uma metodologia própria, diferente e complementar ao treino “normal” de musculação”, diz Nuno Mendes.
As suas vantagens? “Aumentam a consciência corporal, melhoram o controlo das estruturas musculares e têm um baixo impacto nas articulações”, o que as torna ideais para pessoas com problemas nas articulações ou nos ossos.
Recuperação ativa
É um termo que começa a ouvir-se agora no mundo do fitness, mas que existe há já bastante tempo. O especialista explica que “quando treinamos, destruímos fibras musculares (só assim conseguimos evoluir). Para recuperar, necessitamos de aporte sanguíneo aos músculos para reconstruir as fibras musculares”.
Através de treinos leves, de recuperação ativa, aumentamos o aporte sanguíneo às zonas necessitadas. O personal trainer recomenda uma caminhada, “mas sem ser a ver montras”.
4 tendências de nutrição de que toda a gente está a falar
Jejum intermitente
Não é nada de novo, mas parece ter vindo para ficar. A nutricionista Lillian Barros explica à Saber Viver que o jejum intermitente “é uma estratégia alimentar que visa intercalar períodos de jejum com períodos de alimentação”.
Esta diminuição na frequência alimentar pode trazer vários benefícios. Um melhor controlo da fome e da glicemia e insulinemia, uma melhoria na disposição e ajuda na perda de peso são algumas delas. No entanto, pode ter também “algumas consequências menos positivas, como episódios e compulsão, deficiência nutricional, fraqueza, irritabilidade e tonturas”.
A nutricionista recomenda começar com “poucas horas de restrição alimentar” e ir aumentando gradualmente, evitar alimentos industrializados e com baixo valor nutricional e dar preferência “a uma alimentação completa, rica em proteínas, legumes, verduras, grãos e gorduras boas”.
Bebidas vegetais
São cada vez mais as pessoas que preferem produtos alimentares de origem não animal e o leite não é exceção. As bebidas vegetais começam, aos poucos, a entrar nos frigoríficos dos portugueses, e o Planeta agradece.
Lillian recomenda optar por bebidas vegetais feitas em casa, mas, se o tempo é escasso e a paciência também, dê preferência às que não tenham ingredientes adicionados, como “açúcares, adoçantes artificiais, conservantes e corantes”, e contenham “apenas água e os grãos/frutos secos/sementes oleaginosas que lhes dão origem” (como a aveia, o arroz, o coco ou as amêndoas).
Alimentação plant based
Não há dúvidas de que este é um tema cada vez mais relevante. A consciencialização em relação “ao consumo exagerado de carne e proteína” tem aumentado e as dietas plant based são cada vez mais populares.
A nutricionista diz que fazer as substituições corretas é fundamental, já que, nas dietas vegetarianas e veganas, são eliminados grupos alimentares específicos. É preciso garantir que são escolhidas “alternativas capazes de cumprir todas as necessidades do organismo”.
Quando se encontra um equilíbrio saudável entre os nutrientes que se consomem, este tipo de alimentação pode “ajudar a melhorar o funcionamento do intestino, melhorar perfis de colesterol e facilitar a digestão”.
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Dieta intuitiva
Ouvir o nosso corpo nunca esteve tão in. Esta dieta, que tem por base escolhas alimentares que respondem às necessidades do organismo em cada momento, é “muito interessante para o autoconhecimento”.
De acordo com a especialista, “é um trabalho que deve ser feito a longo prazo, sem pressa para emagrecimento” e pode ser benéfico ter “um acompanhamento bem próximo com um nutricionista”.