15 locais imperdíveis para descobrir Portugal de norte a sul

Situado entre o Minho e Trás-os-Montes, o Parque Nacional da Peneda-Gerês é ‘dono’ de paisagens deslumbrantes muito pouco tocadas pelo homem. Sem pressas, visite as aldeias de Soajo, Castro Laboreiro, Lindoso, as pontes da Ladeira e do Diabo, bem como a cascata de Tahiti. Mas estando nesta zona, é obrigatório ir um pouco mais a norte e fazer o trilho das brandas de Sistelo, aldeia apelidada de Tibete português devido à verdejante paisagem em socalcos.

Um pouco mais a sul, perto de Mondim de Basto, o Parque Natural do Alvão é conhecido pelas suas aldeias graníticas e pelas quedas de água das Fisgas de Ermelo, uma paisagem única no país.

Como atestam os fósseis ali encontrados, o Geoparque de Arouca já esteve debaixo de água e tudo começou há mais de 500 milhões de anos. Há vários trilhos para caminhar, correr ou até fazer BTT. Vale a pena ainda visitar as aldeias de Cabreiros, Cando, Canelas, Drave e Janarde. No rio Paiva, é possível fazer rafting, kayaking, hidrospeeding e canoagem. E por falar neste rio, não podemos deixar de sugerir também os Passadiços do Paiva. São 8 km entre as praias fluviais do Areinho e de Espiunca, encontrando-se, entre as duas, a praia do Vau. Brevemente vai ser possível atravessar a maior ponte pedonal suspensa do mundo “Arouca 516”, com 516 metros de comprimento.

Paredes meias com o país vizinho, encontra-se o Parque Natural de Montesinho. Aprecie a paisagem, feita de giestais, carvalhais, soutos, e visite as aldeias de Dine e Rio de Onor, esta última tem a particularidade de ter ela própria uma ‘fronteira’ entre Portugal e Espanha.

Um cenário deslumbrante feito de socalcos recortados pelo rio que lhe dá nome e salpicados por quintas vinícolas, onde nasce um dos vinhos mais famosos do mundo, o do Porto, e que estão, na sua maioria, abertas ao público. Por estrada, barco ou comboio, percorrer esta paisagem bonita em qualquer parte do mundo é obrigatório. Se seguir sempre o rio vai chegar ao Parque Natural do Douro Internacional, que liga Portugal e Espanha. Não se esqueça ainda de ir ver as gravuras rupestres em Vila Nova de Foz Côa. Recentemente, a equipa de arqueólogos descobriu uma das maiores gravuras do mundo, um auroque ou boi selvagem, com cerca de 3,5 metros, que já pode ser visitada.

Candal, Casal de São Simão, Talasnal, Água Formosa, Cerdeira e Casal Novo são algumas das Aldeias de Xisto que deve visitar. Ao todo são 27, muitas delas salpicam as serras da Lousã e do Açor e estão espalhadas por 16 concelhos do centro de Portugal. Não se esqueça do fato de banho porque neste passeio, vai encontrar várias praias fluviais, tais como Albufeira de Santa Luzia, Bogueira, Louçainha e Peneda. Em julho, irá abrir na Serra da Lousã o passadiço da Ribeira de Quelhas, que promete fazer furor.

Muitas das Aldeias Históricas (são 12) são muralhadas e têm uma rica herança judaica. Lembram outros tempos, aqueles em que era preciso defender a fronteira. Fixe os nomes de Almeida, Belmonte, Monsanto, Sortelha, Trancoso, Marialva, Monsanto e Piódão deixe-se encantar por qualquer uma delas.

Do alto dos seus quase dois mil metros, a serra da Estrela faz jus ao nome e é bonita em qualquer estação do ano. A vegetação, as pedras de granito esculpidas pela Natureza como se de obras de arte se tratassem, os vales glaciares que foram moldados pelo gelo há milhares de anos e as lagoas, como por exemplo a Comprida, compõem um cenário que não tem semelhante noutra parte do País e pedem longas caminhadas. Uma delas é a Rota da Garganta de Loriga, que liga as Salgadeiras à Loriga, e que tem uma praia fluvial de uma beleza ímpar.

Património Mundial da Unesco, a Serra de Sintra é conhecida pelo seu verde intenso, mas também pelos seus chalés e palácios, sendo o seu expoente máximo o da Pena. Lá do alto, tem a melhor vista, mas, no caminho até lá, pare no Castelo dos Mouros. Outros locais obrigatórios são a Quinta da Regaleira — com o seu bucólico jardim — e o cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa continental.

Na margem Sul do Tejo, todas as atenções se voltam para a Serra da Arrábida, recortada pelo mar e com vista para o estuário do Sado. A paisagem é marcada pela vegetação e pelas enseadas de tirar a respiração, bem como pelas pequenas praias, num cenário que faz lembrar zonas costeiras do Mediterrâneo. Há muitos trilhos para caminhar e andar de bicicleta.

A barragem que transformou o interior alentejano é uma das atrações da maior região portuguesa, suba a Monsaraz e repare na sua dimensão: o Alqueva é o maior lago artificial da Europa e mudou a paisagem da zona. Na Amieira Marina, pode fazer um passeio de barco ou então alugar um barco-casa para dias de navegação ao seu ritmo, podendo parar nas várias aldeias, como a Juromenha, Luz e Mourão. Amieira, Mourão e Monsaraz têm praias fluviais muito apetecíveis e brevemente abre a do Parque Fluvial dos Cinco Reis, ou como também é conhecida, a praia de Beja. À noite é obrigatório olhar para a luz emanada pelas estrelas – a luminosidade é tal que este é um reputado ponto de observação noturno a nível mundial , a Rota Dark Sky.

São 450 km ao longo do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, feitos de arribas e vegetação selvagem, tendo a costa e as suas magníficas praias como pano de fundo, bem como algumas aldeias. A Rota Vicentina e constituída por dois percursos principais (Caminho Histórico e Trilho dos Pescadores) e oito circulares, que podem ser percorridos a pé ou de bicicleta.

Este extenso parque tem como estrela o Pulo do Lobo, a maior queda de água do sul de Portugal. Mas estando no Parque Natural do Vale do Guadiana, visite ainda Serpa e Mértola e dê um mergulho na praia fluvial da Tapada Grande.

Na região mais a sul de Portugal continental, geralmente todos os caminhos vão dar às suas magníficas praias, mas há um outro Algarve para conhecer, o da serra e o do barrocal, que se situa entre aquela e o litoral. Para conhecer esse lado mais interior, fazer a Via Algarviana é uma hipótese – vai de Alcoutim ao cabo de São Vicente. São 300 km divididos por vários percursos que passam por aldeias tradicionais, como Salir e Benafim, pela ribeira do Arade e serra de Monchique até chegar ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Os labirintos que compõem a ria Formosa também mostram outro Algarve. Este verdadeiro santuário de vida selvagem, que começa na zona da península do Ancão e termina na praia da Manta Rota, é um chamariz para os sentidos (não estranhe se vir um grande número de flamingos; ao pôr do Sol, na zona do Ludo, em Faro, é certeiro). Se apanhar os barcos que saem de Faro e Olhão vai encontrar ilhas de praias grandes, como a Ilha do farol, Deserta, Culatra, Fuseta.