Uma mesa de matraquilhos na receção é o primeiro sinal de que o Mama Shelter Lisboa respira o espírito irreverente a que o grupo hoteleiro francês habituou os seus clientes desde a sua fundação, em 2008.
Mas há muitos mais sinais, caso do merchandising da marca, exposto em vitrines na entrada e onde não falta sequer a Sexy Mama Box, que pode conter preservativos, óleos de massagem e até brinquedos sexuais; o grande restaurante que ocupa a restante área do rés-do-chão; as mensagens deixadas nos vários espelhos e todos os pormenores pop da decoração, que pode ir de máscaras de super-heróis a sofás cheios de cor ou candeeiros que se assemelham a chapéus.
A decoração ficou a cargo da equipa de design da marca, como nos conta Henrique Tiago de Castro, general manager do hotel. “É uma homenagem à história de Lisboa com o design bem presente, como é comum nos nossos hotéis”.
Por isso, não é de estranhar os azulejos Viúva Lamego na fachada, a alcatifa cujo desenho lembra as ondas do mar, os peixes da Bordallo Pinheiro e o teto com desenhos também de peixes do artista Beniloys, no restaurante.
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Henrique Tiago de Castro realça também “a cama de cinco estrelas num hotel de três, o chuveiro de alta pressão e a televisão”, que, além de estar emoldurada em cortiça, “dá para ver não só os canais normais como os serviços de streaming”. “O nosso conceito é o de smart luxury, ou seja, no que é realmente importante, é tudo de alta qualidade”, salienta.
Os 130 quartos dividem-se em quatro tipologias: S, M, M com terraço e L, que são as suítes. Um pormenor, as amenities, à exceção do creme para o corpo, são todas sólidas.
Em abril, três meses depois da inauguração, o Mama Shelter Lisboa terá uma novidade, o rooftop com vista 360º para a cidade, que terá bar e um restaurante com uma ementa de grelhados e saladas.
Onde comer
“Um restaurante com quartos por cima”, é desta forma que Serge Trigano, cofundador do grupo Mama Shelter, define os seus hotéis, e com esta frase mostra bem a importância do restaurante e bar. Em Lisboa, a cozinha é liderada pelo chef Nuno Bandeira de Lima.
O bife tártaro (14€) e o polvo grelhad4o com húmus, pack choi, pinhão e paprika (19€) são dois pratos a provar, mas também não faltam os pratos com assinatura Mama Shelter, como as pizas (a partir de 10€), que também estão disponíveis para takeaway, e a Mama’s Coquillettes, uma massa ao estilo francês com fiambre e ovo a baixa temperatura com creme de noz-moscada e queijo Emmental (16€). Ao domingo, também é servido um brunch (35€).
Como centro nevrálgico de todo o hotel, é aqui que também há entretenimento de quarta a sábado com música ao vivo. Ah! E não se admire se der por si a dar dois (ou mais) passinhos de dança. Além da sala, há ainda um pátio e uma esplanada.
Preço: A partir de 89€.