Sabia que a menor ilha habitada do Arquipélago da Madeira é de origem vulcânica e a mais antiga de todas? Em pleno Oceano Atlântico, fica a 50km da Madeira e à distância de um voo de hora e meia de Lisboa. É maioritariamente conhecida pelo seu areal extenso – são 9 km de areia dourada – mas a sua personalidade não fica pela costa. Aliás, podemos até dizer que é precisamente o facto de ser uma ilha pequena que a torna ideal para viagens de apenas alguns dias, se assim o desejar, em grupos, sozinha ou a dois.
Há atividades para todos os níveis de aventura, mas, para começar, aconselhamos a dar um passeio pela praia, sentir a areia macia entre os dedos. Se a temperatura e as condições do mar o permitirem, dê um mergulho nas águas azuis do oceano. Se não gostar de sentir a areia nos pés, recomendamos uma caminhada até ao pontão de Porto Santo, no centro da vila, que lhe dá uma vista igualmente deslumbrante do mar, da ilha em si e dos seus ilhéus.
Antes de ser um ponto de paragem obrigatória, o pontão de Porto Santo serviu como local de embarque de desembarque de passageiros e mercadorias.
E já que está a passear pela Vila Baleira, porque não parar para comer um gelado? Ou visitar a casa Colombo?
A visitar
As Lambecas do Porto Santo
São vários os cafés que, ao longo da vila, vendem os gelados conhecidos como ‘lambeca’, mas, de acordo com os locais, a ‘lambeca’ original é a do quiosque do falecido senhor José leão Reis, que serve os gelados mais famosos da ilha dourada há mais de 60 anos. Este, era, portanto, outro spot a não perder, e enquanto esperávamos na fila debatíamos o sabor a escolher. As opções mais populares eram gelado de chocolate e menta e gelado de banana e pêssego, que foi o grande vencedor. A experiência valeu a pena… o gelado “sabia” a infância.
Casa Colombo – Museu do Porto Santo e dos Descobrimentos Portugueses
Não há melhor lugar para conhecer a história do Porto Santo do que a Casa Colombo, por onde passámos depois de nos deliciarmos com as coloridas ‘lambecas’.
É no Museu do Porto Santo e dos Descobrimentos Portugueses que está a história da ilha (o Arquipélago da Madeira era já conhecido pelo navegadores e cartógrafos europeus desde meados do século XIV) e provas do seu contacto com outras culturas numa época em que a pirataria não espantava ninguém.
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A chegada dos portugueses ao Porto Santo deu-se por volta de junho de 1420, após o descerco de Ceuta em outubro de 1419. A expedição de reconhecimento da ilha, a mando do Infante D. Henrique, foi posta em prática pelos navegadores João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo, este último encarregado do processo de povoamento e governação da ilha.
O museu é apelidado de Casa Colombo porque, segundo a história, foi a residência do navegador Cristóvão Colombo após o seu casamento com D. Filipa Moniz Perestrelo, filha de Bartolomeu Perestrelo e de D. Isabel de Moniz.
Dada a sua importância histórica, Porto Santo festeja todos os anos, em setembro, o dia em que o navegador chegou à ilha com o Festival Colombo.
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Quinta das Palmeiras – Mini-Zoo Botânico
Numa ilha onde a vegetação é escassa, a Quinta das Palmeiras chegou-nos como uma boa surpresa. Trata-se na prática de um pequeno oásis numa das zonas mais áridas do Porto Santo, recheado de diversas espécies animais e botânicas. Vimos papagaios que, por meros segundos, jurávamos serem brinquedos animatrónicos de alta qualidade; araras, patos, cisnes, tartarugas, majestosos pavões a passear e um avestruz com ar de quem precisava de tirar férias.
Passeio de buggy
Umas das atividades mais interessantes que tivemos a oportunidade de experimentar foi o passeio de buggy of-road pelas paisagens idílicas da ilha. Estavamos um pouco apreensivos de início, mas depois de nos acostumarmos ao veículo de todo-o-terreno, e de comprovarmos a sua segurança em primeira mão, não quisemos outra coisa.
Parámos em diversos pontos de referência da ilha, como as Dunas de Porto Santo (se nos tivessem dito que parte do filme Dune tinha sido gravado naquele local eramos capazes de acreditar!), o Pico das Eiras, o Pico Ana Ferreira, cuja formação rochosa deixou todos de boca aberta, e o miradouro das Flores, de onde podemos quase tocar o Ilhéu da Cal.
Pico de Ana Ferreira
Ilhéu da Cal
Onde ficar
Vila Baleira Hotels & Resorts
O Vila Baleira Village foi a nossa casa durante a estadia no Porto Santo. O mais recente hotel do grupo hoteleiro conta com, além dos quartos, 32 vilas geminadas criadas e decoradas a pensar nas viagens a um, a dois ou em família. Cada casa vem com todas as comodidades necessárias: sala com televisão, quarto twin, cozinha equipada com máquina de lavar loiça, micro-ondas, placa de indução, mini frigorífico e casa-de-banho.
Todo o hotel partilha de uma arquitetura minimalista, serena e elegante em tons creme, deixando sobressair o melhor que tem: a sua vista para o mar. O hotel tem ainda uma piscina exterior com água doce, uma zona de praia concessionada com apoio de praia, ginásio, sala de crianças, restaurante, um spa com dois gabinetes de massagens, sauna e banho turco.
Se ficar em vilas não for a sua praia, aconselhamos o Vila Baleira Porto Santo, localizado na primeira linha de praia, a poucos minutos do centro da vila e do aeroporto. O Resort pensado para as férias em família tem 312 quartos com varanda (dos quais 56 são apartamentos e 32 são quartos familiares) vários restaurantes, bar, piscina interior e piscina exterior e ginásio.
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Já o Vila Baleira Suites conta com diversos apartamentos T1, para que desfrute das férias com total conforto e privacidade.
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A experimentar
Talassoterapia
Com certeza que já ouviu dizer que a água do mar cura, e não é por acaso. A talassoterapia – a origem da palavra thalasso remonta à antiga Grécia e significa mar – é um dos tratamentos anti-stress mais antigos e naturais do mundo, e basicamente consiste em banhos com água do mar aquecida a 37ºC, o que irá permitir a absorção, através da pele, de elementos marinhos existentes em grande quantidade nas águas atlânticas.
Entre os seus oligoelementos encontram-se magnésio, iodo, lítio, zinco, cobre, selénio e cálcio, entre outros sais minerais essenciais ao corpo humano. Os tratamentos de talassoterapia são indicados, principalmente, para doenças do sistema respiratório, doenças alérgicas da pele, doenças reumáticas e musculoesqueléticas.
Psamoterapia
A areia carbonatada biogénicado do Porto Santo é há muito procurada pelas suas propriedades terapêuticas anti-inflamatórias, nomeadamente para tratar e aliviar doenças como artrite reumatoide, artrose, gota, osteoporose e fibromialgia. Segundo o site do Vila Baleira Hotels & Resort, estes grãos finos e macios são ricos em minerais, como magnésio, cálcio, fósforo e enxofre, o que os torna perfeitos para “banhos de areia quente”.
Na suma, o tratamento consiste em cobrirmo-nos com a areia, que deverá rondar os 40ºC a 43ºC, durante vinte a trinta minutos.
Como é que a magia acontece? Para que a areia se dissolva e liberte os minerais terapêuticos é necessário um ácido, que neste caso é o PH do nosso suor. Só assim é que a pele irá conseguir “absorver” os benefícios dos grãos dourados.
A eficácia da psamoterapia está comprovada cientificamente pelos estudos efetuados pela Universidade de Oslo (Noruega) e pela Universidade de Aveiro (Portugal).
