Será que sabe identificar um vício? Fatores como a genética ou o ambiente social e familiar podem ser fatores decisivos no desenvolvimento de um certo comportamento, mas pode ser difícil de reconhecê-lo.
Que o café, a nicotina ou o álcool são substâncias viciantes já sabemos, mas com o passar dos anos, houve outras adicções que foram desenvolvidas, muitas vezes, sem que nos tenhamos apercebido. São tão comuns no nosso dia a dia, que fazem hoje parte dos nossos rituais, porém, até que ponto é que não são consideradas um vício?
Aprenda a identificar os principais sinais de alarme destes comportamentos.
Os novos vícios
Redes sociais e videojogos
• A utilização das redes sociais ou os videojogos estão a retirar dedicação ao trabalho ou ao estudo.
• Está a ‘roubar’ horas ao seu sono porque não consegue ‘desligar-se’ das redes sociais ou interromper os videojogos.
• Deixa de conviver com a família e com os amigos.
• Sente com frequência irritabilidade ou sintomas depressivos, sempre que interrompe ou está impedida de aceder às redes sociais ou aos videojogos.
Compras online
• Tem por hábito fazer compras sem estar a precisar.
• Gasta acima do valor que considera ‘razoável’.
• Faz compras de forma impulsiva.
• Sente arrependimento e culpa depois de comprar.
Compulsão alimentar
• O comportamento é repetitivo e, na maioria das vezes, ao final do dia, quando entra no período de paragem de atividade profissional.
• Em situações de stresse e alterações de humor, tem tendência para comer para acalmar as emoções negativas.
• Tem com frequência sintomas de irritabilidade e humor deprimido.
• Aumento de peso, acompanhado de diminuição da autoestima.
Quando é que deve ir ao médico?
Em termos clínicos, o que diferencia um comportamento abusivo de uma adicção é a gravidade. De acordo com a psiquiatra Maria Veludo Chai, estamos perante um abuso e não uma adicção, quando verificamos que “esse comportamento é excessivo, mas ainda não é grave o suficiente, ou seja, intenso e frequente o suficiente para ter um impacto na vida do indivíduo”.
Contudo, a especialista alerta que “o abuso está a caminho “da adicção e que, por essa razão, além de já ser considerado relevante sob o ponto de vista clínico, já deve merecer tratamento”, aconselha a psiquiatra.
Fontes: Dulce Teixeira Bouça e Maria Veludo Chai, psiquiatras.
Tem algum destes vícios? Aprenda ainda quais as melhores formas de encontrar alegria todos os dias.