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Estes são os vícios do século XXI. E talvez tenha algum deles...

Estes são os vícios do século XXI. E talvez tenha algum deles…

São vários os fatores que contribuem para o desenvolvimento de uma adicção, quer seja a uma substância, como a nicotina ou o álcool, ou a um determinado tipo de comportamento, como o uso inadequado das redes sociais. Esteja atenta aos sinais de alarme.

Por Jul. 4. 2019

Será que sabe identificar um vício? Fatores como a genética ou o ambiente social e familiar podem ser fatores decisivos no desenvolvimento de um certo comportamento, mas pode ser difícil de reconhecê-lo.

Que o café, a nicotina ou o álcool são substâncias viciantes já sabemos, mas com o passar dos anos, houve outras adicções que foram desenvolvidas, muitas vezes, sem que nos tenhamos apercebido. São tão comuns no nosso dia a dia, que fazem hoje parte dos nossos rituais, porém, até que ponto é que não são consideradas um vício?

Aprenda a identificar os principais sinais de alarme destes comportamentos.

Os novos vícios

Redes sociais e videojogos

A utilização das redes sociais ou os videojogos estão a retirar dedicação ao trabalho ou ao estudo.

Está a ‘roubar’ horas ao seu sono porque não consegue ‘desligar-se’ das redes sociais ou interromper os videojogos.

• Deixa de conviver com a família e com  os amigos.

Sente com frequência irritabilidade ou sintomas depressivos, sempre que interrompe ou está impedida de aceder às redes sociais ou aos videojogos.

Compras online

Tem por hábito fazer compras sem estar a precisar.

Gasta acima do valor que considera ‘razoável’.

Faz compras de forma impulsiva.

Sente arrependimento e culpa depois de comprar.

Compulsão alimentar

O comportamento é repetitivo e, na maioria das vezes, ao final do dia, quando entra no período de paragem de atividade profissional.

Em situações de stresse e alterações de humor, tem tendência para comer para acalmar as emoções negativas.

Tem com frequência sintomas de irritabilidade e humor deprimido.

Aumento de peso, acompanhado de diminuição da autoestima.

Quando é que deve ir ao médico?

Em termos clínicos, o que diferencia um comportamento abusivo de uma adicção é a gravidade. De acordo com a psiquiatra Maria Veludo Chai, estamos perante um abuso e não uma adicção, quando verificamos que “esse comportamento é excessivo, mas ainda não é grave o suficiente, ou seja, intenso e frequente o suficiente para ter um impacto na vida do indivíduo”.

Contudo, a especialista alerta que “o abuso está a caminho “da adicção e que, por essa razão, além de já ser considerado relevante sob  o ponto de vista clínico, já deve merecer tratamento”, aconselha  a psiquiatra.

Fontes: Dulce Teixeira Bouça e Maria Veludo Chai, psiquiatras.

Tem algum destes vícios? Aprenda ainda quais as melhores formas de encontrar alegria todos os dias. 

A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº 228, junho de 2019.
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