A casca verde escamosa da anona esconde uma cremosa polpa branca, semelhante, em textura, à pera e, em sabor, à baunilha. Embora seja muito saboroso, o aspeto quase alienígena deste fruto pode não atrair ao primeiro olhar.
Jean-Claude Rodet escreve, no livro Guia dos Alimentos Vegetais (Gradiva), que “a anona se consome crua, quando estiver mole à pressão dos dedos, em sorvete, creme glacé, cocktail, salada de frutas, sobremesas e bolos ou cozinhada no forno, em fatias ou soufflé“.
O autor alerta apenas para uma desvantagem: depois de maduro, este fruto conserva-se “dois dias no frigorífico”.
Os benefícios da anona
Se a diversidade de aplicações culinárias não a convenceu, certamente a composição nutricional da anona fará com que compre um ou dois exemplares na próxima visita à mercearia.
No livro 4 Estações, 1000 Combinações (Nascente), a nutricionista Margarida Vieira escreve que, neste fruto, “predominam as vitaminas C e B6, alguns minerais, como o potássio, o cobre e o magnésio, e uma excelente dose de fibras”.
Jean-Claude Rodet acrescenta, ainda, na sua obra, que as propriedades da anona ajudam a melhorar sintomas de “anemia, fadiga crónica, vulnerabilidade nervosa e preguiça intestinal“.