É importante que haja atenção redobrada, no que diz respeito à alimentação, nesta altura. Com o aumento da temperatura ambiente, o corpo, por forma a manter a temperatura corporal estável, eleva o fluxo sanguíneo e aumenta também a sudorese para que arrefeça.
Contudo, a transpiração leva à perda de líquidos e sais minerais. Desta forma, pode haver diminuição da tensão arterial originando sintomas como:
• Tonturas;
• Dores de cabeça;
• Náuseas;
• Caibras;
• Confusão mental;
• Entre outros.
Por isso, é fundamental que a alimentação seja adaptada.
Todos sabemos que, ao longo dos dias, é importante hidratarmo-nos. Porém, é sobretudo em dias de maior calor que a nossa atenção deve ser redobrada no que diz respeito ao consumo adequado de água.
Afinal, como sabemos, os rins têm mais dificuldade em trabalhar e eliminar metabolitos, torna-se mais difícil regular a temperatura corporal, a pressão arterial tende a diminuir, as digestões tornam-se mais difíceis, entre outros aspetos.
Que cuidados devemos ter?
Hidratar, hidratar, hidratar
A palavra de ordem é hidratação! Mesmo que não sinta sede, aumente a ingestão de líquidos, preferencialmente água.
Para facilitar a ingestão, pode preferir:
• Infusões ou tisanas sem adição de açúcar;
• Aromatizar água com fruta (tais como, frutos vermelhos, limão, laranja,…), ervas aromáticas (folhas de hortelã menta, hortelã pimenta, alecrim, manjericão,…) e especiarias (paus de canela, gengibre,…);
• Eventualmente, sumo de 100% fruta e sem adição de açúcares;
• Granizados de fruta podem ser também uma excelente opção.
Sem bebidas alcoólicas
Evite o álcool, uma vez que é tóxico para o organismo (sobretudo hepático) e ajuda a promover a desidratação.
Refeições leves
Opte por refeições mais ligeiras, preferindo-as às mais pesadas – como fritos, feijoadas,… – e condimentadas, por forma a contribuir a uma digestão mais plena.
Consuma hortícolas e frutas, seja sob a forma de saladas ou sopa (por exemplo, sopa fria de melão, gaspacho,…), que, não só ajudam a ter uma melhor digestão, como também hidratam.
Adeus, sushi
Evite alimentos crus e perecíveis – como sushi, carne crua, ovos,… -, pois são mais propensos a se estragarem e a causar intoxicações alimentares.
Transporte a frio
Caso precise de transportar os alimentos, tenha cuidado com o acondicionamento. Opte por levá-los em geleiras, sacos ou malas térmicas com cuvetes de gelo ou placas frias para manter a temperatura.
Prioridades nas compras
Ao fazer compras, tenha em atenção a lista de compras e deixe para último as que estão em arcas frigorificas e/ou congeladoras. Deste modo, consegue preservar a qualidade do alimento.
Deve também evitar comprar alimentos que estejam expostos ao calor por muito tempo, como alguns produtos mais perecíveis em bancas exteriores.
Atenção às crianças e pessoas de risco
Não se esqueça ainda de prestar uma maior atenção às crianças e familiares de risco, assim como a possíveis sintomas de intoxicação alimentar. São eles náuseas, vómitos, diarreia, dor abdominal e febre.
Se ocorrerem esses sintomas, procure assistência médica imediatamente.
Formada em Ciências da Nutrição, pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, Inês Soares possui ainda uma pós-graduação em Nutrição Pediátrica, pelo Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa. Neste momento, está a fazer formação em Microbiota, sendo que as áreas que mais estuda são a microbiota intestinal e o sistema gastrointestinal, no geral. Porém, costuma dizer que é uma apaixonada nata pela nutrição. Podem encontrá-la na clinica IaraRodrigues, onde é nutricionista e dá consultas, desde 2017.