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5 vegetais que pode (e deve) comer na íntegra

5 vegetais que pode (e deve) comer na íntegra

Deitamos fora as folhas de nabo e os caules dos brócolos sem termos consciência de que estamos a descartar uma porção considerável de nutrientes. Saiba que outros legumes pode (e deve) comer na íntegra.

Por Jul. 20. 2021

Lutar contra o desperdício está na ordem do dia – já lhe dissemos como evitar o desperdício nas compras, na cozinha e até no lixo, demos sugestões para combater o desperdício alimentar em sua casa e ainda cinco aplicações para ajudar no processo -, mas sabia que pode estar diariamente a desperdiçar uma parte de certos legumes que podem (e devem) ser aproveitados?

Ora veja.

Da raiz até às pontas

Cenoura

É raro encontrar no supermercado cenouras ainda com a rama, por isso não é de estranhar que muita gente nunca a tenha provado. Comer este vegetal inteiro não só é uma bomba de nutrientes, como a faz poupar dinheiro. Se quer experimentar comê-lo na totalidade, procure-o em mercados em vez de no supermercado.

Sugestões de confeção: Use a rama da cenoura como usaria qualquer outra erva aromática. Experimente juntá-la a molhos verdes como pesto ou chimichurri, frite-as para um snack crocante ou acrescente a saladas.

Beterraba

Da família da acelga, é um vegetal com um elevado teor de vitaminas B1, B2, B3 e B6, e de minerais (potássio, ferro, iodo e ácido fólico). Além disso, é rica em fibra e contém açúcar, sobretudo sacarose, que lhe confere um sabor adocicado. Apresenta um teor elevado em ácido fólico e vitamina C, o que faz dela um excelente aliado em casos de anemia.

Sugestões de confeção: Asse as beterrabas no forno e faça um puré com queijo de cabra para barrar em tostas. As folhas salteadas com um pouco de azeite e alho podem ser dispostas por cima deste puré.

Nabo

Este crucífero da família dos brócolos é rico em fitonutrientes que fortalecem o fígado e inibem o crescimento de tumores. Por outro lado, é tido pela comunidade científica como um alimento-chave na prevenção de doenças cardíacas. Enquanto a raiz é mais rica em vitamina C, as folhas fornecem vitaminas E, A, K e C, manganês e betacaroteno, e até ácidos gordos ómega-3. Também é rico em fibras.

Sugestões de confeção: As folhas de nabo são muito comuns nas mesas sendo consumidas em sopas ou arroz. Quanto à raiz, o seu sabor amargo pode ser suavizado numa salada com cenoura, maçã e sumo de laranja.

Brócolos e couve-flor

Na maioria das vezes, só comemos os floretes destes vegetais, mas os seus talos também são comestíveis, e ainda bem, isto porque, segundo O Grande Livro dos Legumes, de Karin Leiz, os brócolos “são dos vegetais mais ricos em nutrientes, pois contêm o dobro da vitamina A das laranjas e quase tanto cálcio como o leite, além de vitaminas do grupo B e C”.

Já a couve-flor tem poucas calorias e muita fibra e vitamina C, tem propriedades diuréticas e contém sulforafano, que ajuda o fígado a produzir enzimas que protegem do cancro.

Sugestões de confeção: Coma os caules dos brócolos e da couve-flor espiralizados, numa massa vegetariana, ou cozidos e esmagados com manteiga ou salteados com molho de soja e gengibre.

Acelga

A acelga é uma variedade de beterraba rica em fibras, vitaminas, magnésio, potássio e ferro. Graças às suas propriedades nutricionais, tem sido utilizada no tratamento de tumores, leucemia e outros cancros.

A elevada concentração de vitamina K fortalece a estrutura óssea e ajuda a prevenir a osteoporose. Além disso, os seus antioxidantes combatem os danos causados pelos radicais livres.

Sugestões de confeção:  Os caules da acelga podem ser picados e refogados, proporcionando crocância e compensando a textura das folhas murchas. Coma-as também ao vapor.

A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº 253, julho de 2021.
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