A ‘regra de ouro’ fundamental é estarmos sintonizados com o nosso corpo.
Quantas vezes já deu por si a pensar: “Tenho fome, mas agora não dá jeito”, “Tenho sede, mas não tenho a garrafa de água comigo”… O mais grave é que, com o tempo, deixamos de ouvir o nosso corpo. E ele deixa de nos transmitir os sinais corretos.
“Com a vida corrida do dia a dia, com o stresse do trabalho e com as emoções ‘à tona’, passamos os dias a ignorar os sinais que o nosso corpo nos transmite a cada momento. Assim, acabamos por comer em modo automático. Ou pior, deixamos que sejam as emoções a comandar as nossas escolhas alimentares, em vez de respeitarmos as nossas reais necessidades”, alerta Mariana Abecassis, nutricionista.
Os sinais do corpo que deve respeitar
“O mecanismo da fome, da sede, de ir à casa de banho e o sono são sinais do corpo a mostrar o que precisamos a cada momento. E quando nos permitimos ouvir o corpo, conseguimos perceber quais são as nossas necessidades”, exemplifica Mariana Abecassis.
No que toca à alimentação, os desejos, nomeadamente os mais repentinos, tendem a significar carências nutricionais.
Por exemplo, “a vontade de comer uma laranja, muitas vezes, significa carência de vitamina C, a vontade de comer um bife pode significar a carência ou a necessidade de ferro e a vontade de comer frutos mais sumarentos pode ser um sinal de desidratação“, aponta a especialista. E confirma: “são inúmeros os sinais que o corpo nos dá diariamente a cada momento”.
Antes de começar, há um passo essencial!
Antes de iniciar qualquer mudança alimentar, é importante “abrandar o ritmo de vida para nos permitirmos ouvir o que o corpo nos está a pedir”, começa por aconselhar a nutricionista.
E garante que, se tivermos uma alimentação que vá ao encontro das nossas necessidades, vamos sentir diferenças “a nível de energia, humor, bem-estar geral, apetite, serenidade e até na rentabilidade no trabalho”.
Por outro lado, “quando não ouvimos o nosso corpo e fazemos sistematicamente escolhas alimentares menos corretas, sentimo-nos mais cansados, mais intoxicados, há uma maior tendência para inchaço abdominal, más digestões e menos energia e bem-estar geral“, explica Mariana Abecassis. .
Uma dieta sem restrições
Com uma abordagem diferente das dietas tradicionais, a dieta “intuitiva” não obriga a restrições alimentares, baseando-se apenas nos princípios de uma alimentação saudável.
“Não temos de cortar radicalmente em nada, não devemos contar calorias nem pesar alimentos para fazermos escolhas corretas. Se começarmos a fazer escolhas equilibradas, a tendência será o corpo continuar a pedir alimentos mais saudáveis”, explica Mariana Abecassis.
Desta forma, os alimentos ditos de ‘pior qualidade’ podem estar presentes na nossa alimentação. “A frequência com que estes surgem é que vai determinar o impacto que têm no nosso corpo e saúde”, assegura.
O segredo está em fazer destes alimentos ‘a exceção e não a regra’. Se o nosso corpo ‘pede’ constantemente alimentos menos saudáveis, esses desejos podem indicar que, provavelmente não estamos a ouvir o nosso corpo e que estamos a agir “em modo gula”, lembra a nutricionista.
Conhece a dieta flexível? Saiba como emagrecer sem prescindir dos seus alimentos preferidos.