Os mesonutrientes têm substâncias ativas diferentes com benefícios distintos para a saúde, o que reforça a ideia de que “nenhum alimento por si só representa a chave para uma saúde ótima de uma forma isolada”, afirma a nutricionista Patrícia Sofia Costa.
A especialista explica-nos quais são as suas propriedades e as quantidades ideais que devem ser consumidas.
Onde podemos encontrar mesonutrientes
Açafrão
Substância ativa: curcumina.
Da família do gengibre, a curcuma também é conhecida como açafrão-da-índia, açafrão-da-terra ou gengibre-amarelo. Pode ser consumida fresca ou em pó.
“Sabe-se que a ingestão simultânea de pimenta-preta e açafrão promove uma melhor absorção da curcumina, ou seja, promove a sua biodisponibilidade”, explica Patrícia Sofia Costa. A suplementação com este ingrediente não é indicada em casos de obstrução das vias biliares.
Benefícios: Além das propriedades anti-inflamatórias que ajudam no tratamento de atrites e de outras condições inflamatórias do foro reumatológico, a curcuma é uma boa opção para potenciar o processo digestivo, “uma vez que estimula as secreções digestivas e diminui a formação de gases em cólicas gastrointestinais”, explica a nutricionista.
Quantidade ideal: 100 a 300 mg por dia.
Chá verde ou matcha
Substância ativa: epigalocatequina galato.
O chá verde é rico em flavonoides, que têm vários benefícios para a nossa saúde.“Os flavonoides mais abundantes encontrados no chá verde são as catequinas”, diz-nos a nutricionista.
Caso tenha insónias, o ideal será beber chá verde até meio da tarde, evitando tomá-lo à noite. Patrícia Sofia Costa também desaconselha a toma de uma suplementação à base de chá verde em casos de insuficiência hepática ou renal.
Benefícios: A substância ativa do chá verde é um poderoso antioxidante com efeitos terapêuticos. “Auxilia na prevenção e no tratamento da obesidade e em outras doenças associadas como diabetes, cardiovasculares e dislipidemias”, afirma a nutricionista.
Além disso, esta planta estimula a desintoxicação do fígado, reduz o colesterol, a inflamação e o stresse oxidativo. Vários estudos comprovam que o chá verde previne vários tipos de cancro.
Quantidade ideal: 50 a 300 mg por dia.
Frutos vermelhos e roxos
Substância ativa: antocianina.
As antocianinas pertencem ao grupo dos flavonoides e são responsáveis pela pigmentação azul e púrpura dos frutos vermelhos e roxos.
“Estes antioxidantes ajudam a proteger as células do organismo de dano. Considera-se que este tipo de antioxidantes possui uma maior capacidade de neutralizar os radicais livres do que a vitamina C e a vitamina E, embora funcionem em sinergia com a vitamina C”, diz-nos a nutricionista.
Benefícios: Os frutos vermelhos e roxos contêm propriedades antioxidantes importantes para uma boa saúde cardiovascular e, além disso, ajudam a controlar os níveis da tensão arterial.
Quantidade ideal: 50 a 100 mg por dia.
Tomate
Substância ativa: Licopeno.
Este fitonutriente é um carotenoide e um poderoso antioxidante que também pode ser encontrado nas toranjas, na melancia ou na papaia. Como o nosso organismo não produz este fitonutriente, só é possível obtê-lo através da alimentação ou de suplementos.
Se pretender uma absorção maior de licopeno, o ideal será cozinhar o tomate em azeite. Por outro lado,“ao ingerir o tomate ao natural, o teor vitamínico é superior”, afirma a especialista.
Benefícios: Previne as doenças degenerativas como o cancro e as doenças cardiovasculares. “Contam-se ainda como propriedades deste fruto o facto de ser revitalizante, ajudar nos problemas cutâneos, na prisão de ventre e estimular o sistema imunitário” explica Patrícia Sofia Costa.
Quantidade ideal: 5 a 10 mg por dia.