Sabe-se nesta altura que um em cada dois adultos europeus sofre de sobrepeso ou obesidade, o que aumenta a sua probabilidade de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de cancro – um cenário preocupante que exige claramente uma ação mais forte para ajudar a conter esta crise de saúde pública.
Neste contexto, a rotulagem nutricional foi identificada pelos governos nacionais e por especialistas internacionais em Saúde como uma das principais ferramentas que podem ser usadas para apoiar os consumidores a fazerem escolhas alimentares informadas e saudáveis mais facilmente.
Um bom exemplo disso é o Nutri-Score, um novo esquema de rotulagem nutricional que consiste num código de cores e de letras, colocado na frente das embalagens, o que ajuda os consumidores a fazerem escolhas alimentares mais saudáveis, baseadas nos níveis de classificação que vão de A-Verde escuro (o mais saudável) a E-Vermelho (o menos saudável).
Este sistema, que está a ser implementado em diversos países europeus e é já utilizado por algumas marcas em Portugal, é considerado o mais eficiente na informação rápida ao consumidor sobre as características nutricionais de um determinado produto.
Aliás, em vários Estados-Membro da União Europeia, grupos de consumidores, legisladores, académicos, empresas de alimentação e retalhistas estão a pedir que o Nutri-Score se torne obrigatório na UE.
Pesquisas realizadas em vários países mostram que o Nutri-Score é, atualmente, o sistema com melhor desempenho, na medida em que ajuda os consumidores a compararem, de forma simples e rápida, a qualidade nutricional dos alimentos, dentro da mesma categoria de produtos e a fazer escolhas mais saudáveis no momento da compra.
Dar ferramentas de informação ao consumidor para poder fazer as escolhas mais acertadas para si e para a sua família, é a solução mais imediata neste combate contra a obesidade e no caminho para uma sociedade mais saudável.
O melhor de tudo é que o próprio Nutri-Score motiva as empresas de alimentos e bebidas a acelerar o desenvolvimento de produtos nutricionalmente mais equilibrados, que naturalmente terão a preferência do consumidor no ponto de venda.