Nos últimos anos, a spirulina (ou espirulina) passou do anonimato para o estrelato, ganhando o estatuto de superalimento. A razão? Sobretudo pela elevada concentração nutricional e inúmeros benefícios. Mas o que pouca gente sabe é que esta microalga teve origem há mais de três mil milhões de anos.
Cresce no meio aquático – facto que explica a sua cor azul-esverdeada – e tem a capacidade de fazer fotossíntese. É rica em vitaminas B, C, D e E, ácido fólico, minerais (potássio, cálcio, crómio, ferro, magnésio ou zinco), ácidos gordos essenciais, pigmentos como a clorofila ou o betacaroteno e, sobretudo, proteína – entre 55 e 70%. Isto faz dela uma das melhores fontes de proteína vegetal, segundo a nutricionista Patrícia Sofia Costa.
Benefícios da spirulina
• Tem uma ação antioxidante, anti-inflamatória e desintoxicante;
• Ajuda a emagrecer, devido ao seu elevado teor de proteína, que prolonga a sensação de saciedade;
• Previne o envelhecimento;
• Ajuda a melhorar a saúde cognitiva;
• Previne doenças cardiovasculares;
• Ajuda a melhorar a função hepática.
Uma das particularidades interessantes da spirulina é a capacidade de neutralizar minerais tóxicos no organismo. Precisamente por isso, esta alga foi utilizada para reduzir os efeitos da radioatividade dos desastres nucleares de Chernobyl (União Soviética, 1986) e Fukushima (Japão, 2011), especialmente em crianças.
Em apenas 20 dias, os níveis de radioatividade desceram 50% com apenas 5 gramas de spirulina por dia.
Quem pode e deve consumir
A spirulina tem sido reconhecida como segura, desde que consumida em doses entre os 0,5 e as 3 gramas/porção, ou seja, em quantidades relativamente pequenas.
Ainda assim, deverão ser tomadas precauções no caso de determinados grupos como mulheres grávidas, a amamentar, pessoas em diálise, a tomar medicamentos anticoagulantes ou anti-inflamatórios, pessoas imuno comprometidas ou com a condição genética fenilcetonúria, refere a nutricionista.
Como usar
É normalmente comercializada em pó – uma vez que é desidratada antes de ser ingerida – ou em comprimidos. Pode ser encontrada em lojas dietéticas ou mesmo em grandes superfícies. O seu sabor é relativamente suave.
A spirulina é considerada um suplemento alimentar cuja forma mais óbvia de incluir na alimentação é adicioná-la a sopas, batidos ou águas aromatizadas.
Para além disso, pode juntá-la a outros alimentos ou refeições como massas, fritattas, croquetes de vegetais, bolachas, barras ou trufas energéticas.
Receita de smoothie de spirulina
Ingredientes
½ chávena de leite de amêndoa sem açúcar ou água de coco;
1 kiwi descascado (mais um para pôr por cima, se desejar);
½ banana descascada, cortada e congelada;
½ chávena de pedaços de manga ou abacaxi congelados;
1 colher de chá de spirulina em pó;
½ chávena de folhas frescas de espinafre (opcional);
1 colher de chá de chia ou sementes de cânhamo.
Modo de preparação
1. Coloque o leite de amêndoa, o kiwi, a banana congelada, a manga ou o abacaxi congelados, a spirulina e os espinafres no liquidificador.
2. Misture até ficar completamente homogéneo, adicionando água ou mais leite de amêndoa, se necessário, para misturar.
3. Deite num copo e cubra com pedaços de kiwi picado e chia ou sementes de cânhamo, se desejar.
Receita de bolas energéticas de spirulina
Ingredientes
Modo de preparação
1. Coloque todos os ingredientes num processador e misture.
2. Com o preparado, molde bolas e reserve no frigorífico até ficarem consistentes.
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