Stevia: o que tem de saber sobre este adoçante natural
Muitas são as marcas que já deixaram o açúcar de lado e, em substituição, usam o adoçante natural stevia. Saiba como é que é feito e porque é que deve começar a consumi-lo… já!
Está instalada uma guerra contra o açúcar. E já se estão a tomar medidas para reduzir o seu consumo, associado a doenças como a diabetes tipo 2, hipertensão arterial, alterações do colesterol e problemas cardiovasculares. É aqui que entra a stevia, um adoçante natural, cada vez mais na boca do mundo pelas melhores razões.
Também conhecida como estévia, é um pequeno arbusto perene que pertence à família dos crisântemos e é 200 a 350 vezes mais doce que o açúcar, não tendo os efeitos nefastos deste no organismo por não ter índice glicémico nem calorias, sendo, por isso, usada cada vez mais como substituta do açúcar.
Tendência esta que não é visível apenas junto da população, mas também da indústria alimentar. Já é possível encontrar refrigerantes, sumos, iogurtes, leites, chocolates e doces adoçados com stevia.
De acordo com o Global Stevia Institute, são já mais de cinco mil produtos feitos com stevia.
O exemplo japonês
O seu uso só foi aprovado em 2008 pela FDA (Food Drogs Administration, entidade que regula alimentos, medicamentos e cosméticos nos Estados Unidos da América) e três anos mais tarde pela EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar), mas foi descoberta há mais de 200 anos, na América do Sul, onde cresce naturalmente.
Nessa zona do continente americano, a população local há muito que conhece o poder adoçante da stevia, tendo começado a usá-la para mascar e para adoçar algumas bebidas. O primeiro país que a usou com fins comerciais foi o Japão, nos anos 70 do século passado.
A stevia que se vende no mercado é feita de folhas da planta conhecida como Stevia rebaudiana e o facto de ser feita com esta fonte natural dá-lhe vantagem sobre outros adoçantes já existentes.
O processo de extração passa por deixar as folhas secas imersas em água, para, depois, serem separados os compostos que têm um sabor mais doce.
Os estudos feitos até ao momento mostram que a stevia pode ser consumida por toda a população, incluindo crianças, grávidas e até diabéticos.
Então e o açúcar?
Nunca se falou tão mal do açúcar como hoje. Primeiro combateram-se as gorduras, mas recentemente percebeu-se que o açúcar ainda é pior que estas para o organismo. Para se chegar a essa conclusão, muito tem contribuído os elevados índices de obesidade e doenças associadas a este problema.
Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo diário de açúcar adicionado não ultrapasse os 25 gramas por dia. Alerta ainda para o facto de se consumir muito açúcar escondido em alimentos como os cereais, incluindo até o pão, iogurtes, molhos, conservas e refeições pré-confecionadas.
A OMS lembra também que todos os dias se consome açúcar naturalmente em vários alimentos, como a fruta, os legumes e o leite.